Invasão ao Outlook pode ter sido para roubar criptomoedas
Uma invasão recente a contas de usuários da plataforma parece ter o objetivo de rastrear moedas digitais
No começo do mês, a Microsoft confirmou a ocorrência de uma invasão à contas dos serviços da plataforma Outlook, incluindo e-mails e MSN. De acordo com o pronunciamento da empresa, cerca de 6% do total de usuários tiveram seu correio eletrônico invadido, com os hackers conseguindo ter acesso aos e-mails, pastas e títulos das mensagens.
O que vem à tona, agora, depois dos esforços da empresa em contornar a invasão é o fator motivador do ciberataque. A partir de uma série de denúncias de vítimas dos hackers, está ficando claro que o objetivo era roubar criptomoedas. E a suspeita vem se confirmando pelas verificações posteriores. E-mails de notificação de violação e capturas de tela registrados por vítimas do ataque demonstram a criação de regras de encaminhamento de mensagens vinculadas à gestão das moedas digitais, com assuntos como retirada de bitcoin ou redefinição de senhas, para e-mails supostamente pertencentes aos invasores.
Um pouco mais sobre o ataque ao Outlook
Quando informou oficialmente a invasão sofrida, no dia 12 de abril, a Microsoft apontou que o ciberataque teria ocorrido entre 1 de janeiro e 28 de março deste ano, por conta do roubo de credenciais de um funcionário da empresa. Na mesma ocasião, a Microsoft tranquilizou os usuários, informando que as credenciais comprometidas estavam desabilitadas e o acesso dos criminosos bloqueado.
Analistas, inclusive, aventaram a possibilidade de o episódio motivar uma investigação por parte da União Europeia, tendo em vista o Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE. tal procedimento seria possível para averiguar se todos os esforços preventivos a ataques cibernéticos haviam sido empenhados. Outra recomendação importante é que o próprio usuário se proteja, mantendo a prática rotineira de alterar senhas e as configurações de segurança dos dispositivos.
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.