IOF elevado reforça papel das stablecoins na busca por estabilidade financeira

IOF elevado reforça papel das stablecoins

Empresas encontram, nas stablecoins, uma solução segura para realizar transações globais, mesmo em momentos de incerteza tributária

Em meio às recentes mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) — após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, manter a maior parte do decreto do governo, revogando apenas a cobrança sobre o risco sacado —, a previsibilidade orçamentária torna-se um desafio para negócios que dependem de pagamentos internacionais. Nesse cenário, os negócios globais, que movimentam altos montantes, encontraram nas stablecoins uma maneira segura para minimizar as preocupações com o “vai e vem” das taxas.
 

Soluções baseadas em stablecoins (moedas digitais lastreadas em ativos estáveis, como o dólar) operam como uma “ponte” entre sistemas de pagamento locais e globais, permitindo liquidações em minutos, com transparência e tarifas inferiores às do sistema bancário tradicional. “Ao eliminar intermediários e usar stablecoins como tecnologia de conexão, entregamos velocidade e economia real. Em um caso recente, um cliente gerou mais de US$1 milhão em nova receita líquida“, explica Sofia Düesberg, general manager da Conduit no Brasil, empresa americana especializada em infraestrutura para stablecoins.
 

Para companhias brasileiras, as transações internacionais via sistemas convencionais, como o SWIFT, ainda enfrentam desafios significativos, como lentidão, burocracia e custos adicionais, incluindo o IOF. Esses fatores podem impactar diretamente a competitividade e o fluxo de caixa. Com as stablecoins, transações que antes levavam dias via SWIFT agora podem ser liquidadas em questão de minutos, 24 horas por dia, inclusive aos fins de semana.

Ao lado da agilidade, destaca-se também a economia: corporações que adotam stablecoins em operações de câmbio internacional reportam Além disso, o processo é simplificado, com menos intermediários, mais segurança e transparência; as transações são rastreáveis on-chain e seguem normas rígidas de compliance.
 

A Conduit, com presença global e foco em mercados emergentes, conecta sistemas como Pix, Fedwire e SEPA por meio de stablecoins. Com uma média de US$ 300 mil por transação, a empresa já movimentou mais de US$ 10 bilhões em 2024 e projeta forte expansão no Brasil em 2025, mesmo trabalhando exclusivamente no modelo B2B, com fintechs, bancos tradicionais e plataformas de remessas internacionais.

A busca por eficiência, a alta carga tributária e a digitalização do setor financeiro fazem do Brasil um terreno fértil para a adoção de stablecoins, especialmente diante do avanço mundial desse mercado. Um levantamento global da Fireblocks, empresa especializada em infraestrutura cripto, mostrou que 90% das companhias entrevistadas já estão trabalhando com stablecoins, o que indica uma adoção acelerada no mundo todo. “A discussão sobre o IOF e os entraves do câmbio não são novos, mas agora há um novo caminho viável e seguro em operação. As stablecoins não são uma tecnologia do futuro, são o próximo passo lógico para um caminho livre das surpresas do IOF e da complexidade do câmbio tradicional e SWIFT”, conclui Sofia.

Sobre a Conduit

A Conduit é uma plataforma global que viabiliza pagamentos cross border para empresas em tempo real de forma rápida e segura ao combinar trilhos de pagamento com a eficiência das stablecoins. Com uma única API, a Conduit conecta bancos, plataformas de pagamento locais e blockchains para criar uma rede resiliente que abrange mercados-chave em todo o mundo — incluindo ampla conectividade na América Latina, África e Ásia. Apoiada por sólido investimento, a Conduit está redefinindo a forma como o dinheiro se movimenta internacionalmente.