Irã aumenta as punições para mineradores ilegais de criptomoedas
Mineração é permitida no Irã, mas exige cuidados regulatórios; as multas aumentaram e, em alguns casos, pode acabar em prisão.
Mineradores sob cerco
Segundo informações do Tehran Times, um oficial sênior da empresa de geração, distribuição e transmissão de energia elétrica do Irã (Tavanir) fez comentários a respeito da nova legislação envolvendo a regulamentação de mineradoras de criptomoedas.
Mohammad Khodadadi, executivo da Tavanir, disse que as novas punições incluem o aumento nas multas em até cinco vezes, prisão e cancelamento de suas licenças de negócios no caso de violações repetidas:
“Qualquer uso de eletricidade subsidiada, destinada a residências, indústrias, agronegócio e comércios para fins de mineração é proibido”, disse Khodadadi ao jornal.
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Regulamentação
Atividades de mineração de criptomoedas tornaram-se legais no Irã em 2019. Muitos empresários resolveram criar unidades no país devido ao baixíssimo custo energético – e o governo encontrou uma possibilidade de aumentar seus lucros com isso.
Em 2020, o Ministro de Indústria, Mineração e Comércio liberou mil licenças para unidades de mineração de criptomoedas.
Porém, algumas empresas passaram a utilizar energia elétrica destinada a moradias. Com isso, a concessionária energética iraniana começou a enfrentar sérios problemas de fornecimento devido à seca e poucas chuvas.
Devido a isso, mineradoras que forem flagradas utilizando energia indevidamente, além de multas e prisão, podem ter de indenizar o governo por quaisquer danos que tenham causado á rede.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.