Já conhece a startup brasileira que usa ativos digitais para conectar investidores a projetos empreendedores?

O case MOEDA demonstra a colaboração do mundo financeiro digital na promoção de desenvolvimento econômico sustentável

O potencial dos criptoativos na geração de alternativas ao tradicional sistema financeiro vão dando vida a interessantes cases que atestam o potencial da tecnologia, com o suporte da transparência característica do blockchain, no apoio ao desenvolvimento econômico sustentável e às causas humanitárias. O Brasil é o berço de um dos bons exemplos do uso de ativos financeiros digitais para incentivar desbancarizados e conectar investidores a pequenos empreendedores que precisam de dinheiro. Criadas em 2017, a startup e a moeda digital de nome MOEDA, são primeira plataforma bancária cooperativa do mundo baseada na tecnologia de rede descentralizada.

A grande missão do projeto, atualmente com sedes em Brasília e Montevidéu, como costuma explicar a fundadora e CEO, Taynaah Reis, é ligar investidores a empreendedores, via iniciativas de microcrédito. No caso específico do projeto, os focos são iniciativas dos segmentos cooperativos e de agricultura familiar. O Programa Semente é a linha de atuação que seleciona candidatos a investimento vinculados aos Objetivos Sustentáveis da Organização das Nações Unidas (ONU)  e com perceptível aderência à cadeia da economia sustentável, gerando riqueza, reduzindo desigualdades e promovendo empoderamento.

Como forma de dar capilaridade à ideia, também é desenvolvido o Embaixadores Moeda Semente, uma rede multidisciplinar de profissionais com diferentes experiências e expertises, dentre eles investidores privados, altos executivos e pesquisadores especializados em responsabilidade social. O objetivo é conectar esses profissionais, também mantendo-os atentos à oportunidade de colaborar com os empreendedores do Programa Moeda Semente.


Entenda a MDA

A MDA, sigla da criptomoeda capitaneada pelo projeto, é aportada pelo blockchain da Ethereum, o que é considerado um grande potencial agregador de liquidez, por permitir a livre negociação de créditos nos diferentes formatos viáveis na rede descentralizada.

Esse é, certamente, um dos fatores do sucesso da iniciativa, bem demonstrado em números. O primeiro ICO da Moeda, realizado em agosto, captou US$ 20 milhões, a uma cotação de US$ 1 por 1 MDA, com mais de 90% dos investidores na China. A força da startup também pode ser dimensionada em se considerando as parcerias corporativas de peso, com marcas como a IBM.

Taina
Taynaah Reis, CEO da startup Moeda
Foto de Daniela Risson
Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.