Japão aprova autorregulamentação da indústria de criptomoedas

Japão dá um importante passo para regulamentar sua cripto esfera

O principal regulador financeiro do Japão garantiu formalmente à indústria de criptomoedas do país o status de autorregulatória, ao permitir que um de seus órgãos policie as exchanges domésticas.

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A Agência de Serviços Financeiros (FSA) aprovou nesta quarta-feira a Associação Japonesa de Exchanges de Moedas Virtuais (JVCEA), um órgão composto por todas as 16 exchanges de criptomoedas japonesas licenciadas, com o objetivo de se tornar uma associação de negócios que age como um fundo de cobertura certificado.

Ao fazê-lo, o órgão regulador concedeu à associação o poder de criar diretrizes para exchanges domésticas, incluindo medidas estritas para impedir a prática de insider trading e lavagem de dinheiro, além de implementar padrões de segurança para salvaguardar os ativos dos clientes.

A JVCEA é um esforço entre as exchanges licenciadas do Japão para lançar um órgão autorregulatório, após o roubo de US$530 milhões da Coincheck, ocorrido no início do ano.

Em agosto, a associação submeteu formalmente uma aplicação junto à FSA para ser reconhecida. Uma revisão rigorosa, que durou dois meses, foi realizada, com o intuito de examinar de forma cuidadosa os assuntos da Associação e investigar se o grupo será gerido da forma devida.

A associação confirmou a aprovação do pedido em uma declaração hoje, ressaltando que já implementou regulamentações.

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O grupo acrescentou:

“Com a aquisição da aprovação, nós continuaremos fazendo mais esforços para criar uma indústria na qual vocês podem confiar.”

O aval da FSA foi concedido em um momento em que as autoridades japonesas estão revisando suas próprias posturas em relação à indústria, por conta dos dois grandes roubos ocorridos no país este ano. Após o infame roubo da Coincheck, em Janeiro, a exchange Zaif foi hackeada e perdeu quase US$60 milhões em Bitcoin, Bitcoin Cash e Monacoin em setembro.

A JVCEA escreveu um esboço autorregulatório de 100 páginas, com regras incluindo uma proposta de banimento de insider trading e criptomoedas focadas em privacidade, como Monero e Dash, de exchanges licenciadas. A associação também propôs um limite de quatro para um em tradings de margem com criptomoedas, restringindo a quantidade de fundos que os investidores podem pegar emprestada com base no depósito original.

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Fonte: CCN