Jogadores de Call of Duty estão ligados a roubo de US$3 milhões em criptomoedas
Jogo une gangue de ladrões de criptomoedas
Uma “gangue” de jogadores de Call of Duty é suspeita de arquitetar um plano para roubar mais de US$3 milhões em criptomoedas. Citando documentos não publicados pela corte, o Chicago Sun-Times relatou que o grupo supostamente hackeou carteiras de criptomoedas após obter acesso aos telefones das vítimas.
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“Forçado a cooperar”
De acordo com o pedido de um mandado de busca e apreensão para a casa de um dos envolvidos, outro membro da gangue informou ao FBI que ele encontrou membros do grupo enquanto jogava Call of Duty online. Ele alegou que eles forçaram ele a participar do grupo por meio de algo chamado “swating“, que é relatar um crime falso em uma localização, a fim de que autoridades policiais adentrem o local. Ele acrescentou que membros do grupo deram detalhes sobre as vítimas, permitindo que ele invadisse mais de 100 telefones, com o objetivo de roubar fundos das carteiras das vítimas.
A prática, conhecida como “SIM swapping“, está se tornando cada vez mais disseminada, uma vez que ela requer poucos conhecimentos técnicos e é capaz de dar grandes recompensas, caso o telefone roubado esteja ligado a carteiras de criptomoedas. O investidor Michael Terpin recentemente processou a AT&T, requerendo uma indenização de US$224 milhões, após perder US$24 milhões em criptomoedas por meio de SIM swapping. Os hackers transferiram o número de telefone de Terpin para outro aparelho, subsequentemente reiniciando a senha de sua carteira.
O documento do FBI revela que a Augur relatou, no dia 12 de dezembro de 2016, que seus investidores e empregados estavam sendo alvos de ladrões de criptomoedas. O protocolo da Augur executa uma plataforma de apostas online, onde diversas opções de aposta existem por meio de criptomoedas.
FBI se envolve
Os nomes dos suspeitos listados no documento não foram mencionados, e eles não foram acusados de nenhum crime até agora. Segundo o FBI, a gangue é suspeita de roubar US$3,3 milhões em diversas criptomoedas, incluindo US$805 mil em tokens REP, ao moverem os tokens roubados por meio de exchanges de criptomoedas e mixers (pessoas que dificultam o rastreamento das criptos) antes de as enviarem para suas próprias carteiras, na forma de ether ou Bitcoin.
Relatos da corte mostram que agentes do FBI foram na residência de um dos membros da gangue no dia 1 de agosto, apreendendo telefones e computadores. Eles entrevistaram o outro membro “forçado” a cooperar em março de 2017. O documento contém transcrições de mensagens trocadas online entre os supostos membros da gangue.
O homem que cooperou com o esquema disse ao Chicago Sun-Times, em uma entrevista online, que ele se considera uma vítima. Ele alega nunca ter lucrado com todo o esquema, declarando que ele sempre cooperou com a Augur e com o FBI, e que o número de telefones hackeados por ele não chegam aos 100.
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Fonte: CCN