Justiça dos EUA multa pirâmide financeira em US$ 62 milhões
Denúncia aponta que a pirâmide vendeu cotas para milhares de vítimas; a operação está em funcionamento desde 2018.
Pirâmide antiga
O Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos condenou a Mining Capital Coin a pagar US$ 62 milhões por conspiração e fraude.
De acordo com a autarquia, o brasileiro Luiz Capuci, juntamente com outros membros não revelados, trabalharam com a finalidade de enganar usuários a respeito de pacotes de mineração na nuvem.
Além disso, a empresa também disse ter feito parceria com grandes desenvolvedores de software para a criação de um robô de trade de alta performance.
Também foi criado o token Capital Coin, que seria, segundo os criminosos, apoiado pela “maior operação de mineração de criptomoedas”.
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A Mining Capital Coin prometia lucros irreais em mineração: 1% ao dia por até um ano. Uma máquina comum de mineração de Bitcoin é capaz de gerar cerca de 0.0004 BTC ao dia (algo em torno de US$ 16). A premissa da empresa é fundamentalmente irreal.
Modus operandi
Em vez de investir o saldo dos clientes em equipamentos de mineração, Capuci depositava os fundos em sua própria carteira de criptomoedas.
Por meio das injeções de capital, os golpistas passaram a viver uma vida de luxo, com carros esportivos, iates e imóveis.
O procurador-geral Kenneth Polite comentou a respeito do caso:
“O departamento está comprometido a seguir o dinheiro – seja ele real ou digital – para expor esquemas criminosos, culpabilizar os criminosos e proteger os investidores.”
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.