Kim Kardashian promove criptomoeda sem licença e é multada em US$ 1,26 milhão
A celebridade norte-americana divulgou um projeto sem divulgar os pagamentos recebidos a seus seguidores
Kim Kardashian x SEC
Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), anunciou em seu Twitter que Kim Kardashian teve de pagar US$ 1,26 milhão aos cofres públicos por promoção indevida de projeto cripto.
O projeto, intitulado EthereumMax (EMAX), foi divulgado pela celebridade em suas redes sociais. Entretanto, Kardashian não divulgou o pagamento recebido por seu envolvimento promocional.
Kardashian concordou em liquidar as acusações; para tanto, teve de pagar US$ 1,26 milhão em multas, restituição e juros. Além disso, deverá colaborar com a SEC com novas investigações sobre o projeto EthereumMax.
- Veja também: Kim Kardashian é processada por investidores cripto
Today @SECGov, we charged Kim Kardashian for unlawfully touting a crypto security.
This case is a reminder that, when celebrities / influencers endorse investment opps, including crypto asset securities, it doesn’t mean those investment products are right for all investors.
— Gary Gensler (@GaryGensler) October 3, 2022
Ela teria recebido US$ 250 mil para publicar um post em sua conta no Instagram contendo informações sobre o token EMAX. O link para o site do projeto estava presente na postagem. Contudo, Kardashian violou a disposição contra promoções das leis federais de valores mobiliários.
É importante citar que a celebridade nunca admitiu ou negou as acusações; apenas optou por pagar a indenização. Além disso, ela ficará impedida de divulgar quaisquer criptoativos em sua conta até 2025.
Scam?
Apesar do nome, o token EMAX não está ligado diretamente ao Ethereum, apesar de o token estar presente na rede (ERC-20). Seu principal objetivo era virar um “culture token”; para tanto, gastou quantias consideráveis para publicar o projeto em perfis de celebridades. Além de Kim Kardashian, o pugilista Floyd Mayweather também recebeu para promover o EMAX.
Contudo, o projeto não conseguiu sobreviver ao teste do tempo e rapidamente voltou à estaca zero. Por conta disso, alguns acreditam tratar-se de um esquema de “pump and dump”, tendo em vista que o mercado só respondeu positivamente mediante certas iniciativas publicitárias, apresentando forte reversão logo depois.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.