O lançamento da mainnet da EOS está estagnado, tendo em vista que menos de um terço dos tokens necessários para ativar a plataforma foram trocados pelos seus proprietários.

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A mainnet tecnicamente foi lançada em 10 de junho — mais de uma semana após a Block.one lançar a versão 1.0 do software EOSIO — mas a plataforma não pode ser completamente ativada até que 150 milhões de tokens EOS — 15% do suprimento total — votem para eleger os produtores de bloco da rede, que exercerão mais ou menos o papel que os miners executam em redes proof of work, como Bitcoin.

Segundo dados do candidato a produtor de blocos, EOS Authority, apenas 4,8% dos tokens — ou 32% dos tokens necessários — já confirmaram votos até o momento em que está matéria foi redigida, e ninguém sabe quando os 102 milhões restantes serão trocados.

A relutância para votar pode se dar pelo fato de que o processo é complicado, e usuários podem estar preocupados em acidentalmente mostrarem suas chaves privadas. A velocidade de votação parece ter aumentado nas últimas 24 horas mas, de qualquer forma, usuários — e seus tokens — permanecem em um limbo enquanto esperam outros trocarem seus tokens.

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É provável que os candidatos a produtores de bloco controlem tokens suficientes para ativar a rede, mas — partindo do fato de que a Block.one não está participando do lançamento da mainnet — tensões acaloradas estão ocorrendo entre vários grupos que estão pleiteando uma destas vagas exclusivas na rede.

Por exemplo, o primeiro produtor de bloco aleatoriamente escolhido para verificar transações deverá comprar aproximadamente US$260 mil de memória RAM, e muito já se discutiu sobre como a organização deve compensar a compra. Uma proposta controversa consiste nos desenvolvedores utilizarem o “modo deus” para “imprimir” 19 mil tokens EOS para pagar pela RAM.

Enquanto isso, o valor da EOS exibiu um declínio em relação à bitcoin (BTC) e ether (ETH) desde 10 de junho, sugerindo que os investidores — muitos dos quais contribuíram com a venda de tokens quase um ano atrás — estão descontentes com o fato da plataforma ainda não ter sido lançada.

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Fonte: CCN