Libra não contará com o apoio da Índia
Representante do governo local indicou que é improvável o país apoiar a Libra. A política regulatória local é dura com os criptoativos
Uma entrevista do secretário de Assuntos Econômicos da Índia ao portal de notícias financeiras Blommberg, sinaliza que a moeda virtual do Facebook, a Libra, não terá apoio oficial no país. Subhash Garg afirmou que a postura cuidadosa com relação às criptomoedas também será adotada, no caso do ativo do Facebook.
“O design da moeda do Facebook não foi totalmente explicado. Mas seja o que for, seria uma criptografia privada e isso não é algo com o qual nos sentimos confortáveis”, disse o secretário. A fala está presente em matéria do portal CCN, que repercute a entrevista.
Embora o mercado indiano se mostre interessante, tendo em vista o país figurar como a terceira economia da Ásia, a conduta sobre os criptoativos é dura. Por sinal, o próprio Facebook buscou uma aproximação com a Índia, sem sucesso, há cerca de três anos. Na época, a gigante de mídias sociais teve bloqueado o “Free Basics”, como relata outro texto do publicado pelo CCN. A iniciativa do Facebook focava na oferta de serviços gratuitos de internet para usuários de telefone.
Medidas recentes desincentivam
Conforme bem menciona o CCN, o governo da Índia implementa medidas regulatórias que complicam a operação com produtos financeiros crypto. Foram adotadas, por exemplo, medidas de proibição de ofertas de serviços por instituições financeiras locais a empresas de criptografia. Algo que determinou o encerramento das atividades de diferentes exchanges.Da mesma forma, vem sendo discutido um projeto de lei que determina pena de prisão para a mineração, compra, posse ou venda de criptomoedas.
No caso específico do projeto da Libra, a falta de apoio da Índia é um duro golpe. Além de ser uma das maiores nações mundiais e um mercados asiático de destaque, o país representa um nicho importante para o Facebook. Conforme dados do CCN, são 200 milhões de usuários e o maior mercado do mundo para o WhatsApp. E não é diferente com o aplicativo principal, que engloba 200 milhões de indianos.
Nesse sentido, analistas citados pelo Bloomberg consideram o crescimento de mercados emergentes, como o indiano, fundamental para o sucesso da Libra. Em se considerando o objetivo da Libra de acesso ao mundo financeiro pelos desbancarizados, a Índia também faria falta. Outra estimativa apresentada pelo CCN, é significativa a fatia da população indiana que se enquadra nesse quesito.
COM INFORMAÇÕES DE: CCN
O autor: Daniela Risson
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.