LUNA subiu 300% em setembro: o que estaria por trás disso?
O projeto se tornou controverso após seu colapso; autoridades sul-coreanas investigam o ocorrido
LUNA subiu rapidamente
Após o ativo quase zerar em maio, o token nativo da blockchain Terra está sendo negociado por cerca de US$ 5,70, segundo dados do CoinMarketCap. Até sexta-feira (9), a criptomoeda estava sendo negociada por cerca de US$ 1,90.
Trata-se de um movimento bastante curioso, tendo em vista que o colapso quase levou o projeto ao esquecimento. Os preços lateralizaram por volta de US$ 1,65.
Estratégia
Para evitar a liquidação, a rede foi dividida em duas cadeias distintas: a Terra Classic (LUNC), a versão original da blockchain, e a Terra LUNA 2.0 (LUNA/LUNA2). O último token mencionado é emitido periodicamente para reembolsas usuários afetados pelo colapso.
O projeto clássico aprovou mudanças de governança para acrescentar um imposto de 1,2% em todas as transações on-chain. Isso significa que todas as transações realizadas com LUNC automaticamente queimarão 1,2% do saldo, aumentando sua escassez.
Além disso, FatMan, um denunciante anônimo da Terra, disse ter encontrado uma negociação suspeita de 435 mil tokens LUNA2. Ela teria sido enviada da Terraform Labs à Binance. Do Kwon, fundador do projeto, negou as acusações.
Investigação
O governo sul-coreano está investigando Do Kwon e todos os envolvidos no projeto da Terraform Labs. A equipe por trás do ecossistema teria criado um mecanismo de manipulação de preços, o que despertou a atenção das autoridades.
Anonymous, famoso grupo hacktivista, disse em junho que revelará supostos crimes de Do Kwon. Entretanto, nenhuma informação relevante foi publicada pelo grupo até o momento.
O autor: Rafael Motta
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.