Maduro declara que investidores só poderão converter Petro em outra criptomoeda se o ativo for comprado até o fim do ano
Especialistas apontam que a moeda não pode ser considerada um criptoativo
De acordo com a mídia venezuelana TeleSUR TV, o Petro, criptomoeda estatal, só poderá ser convertido em outra cirptomoeda se comprado antes do final deste ano.
“Quem adquirir o Petro até o dia 31 de dezembro poderá convertê-lo em qualquer outro criptoativo”, disse o presidente da Venezuela Nicolás Maduro,durante um discurso.
Para muitos, a medida pode ser uma tentativa desesperada de introduzir o Petro no mercado.
Para um país que utiliza uma moeda estatal hiperinflada, onde a compra de remédios e itens básicos do dia-a-dia se tornou praticamente inviável, as criptomoedas se tornaram um “bote salva-vidas”.
Percebendo a tendência, Maduro apostou na criação da própria criptomoeda, que de início representava certa quantia das reservas de petróleo do país.
Entretanto, recentemente foi divulgado que o valor do Petro não está assegurado somente em petróleo. A notícia ocorreu logo antes de um pronunciamento de Maduro, anunciando as exchanges autorizadas a negociar o ativo, que segundo ele, eram as “seis mais poderosas do mundo”. Além de desconhecidas, algumas não estão entre as primeiras 100 posições na lista do CoinMarketCap.
De acordo com Peter Todd, consultor do setor, o propósito de um criptoativo é mover e auditar capital sem a necessidade de permissão. Entretanto, a moeda oferecida por Maduro faz exatamente o oposto, empregando práticas consideradas absurdas, como implementar um cronograma de negociação e venda da criptomoeda.
Sendo um ativo digital, a ideia era que o governo não possuísse controle sobre a negociação, envio e recebimento do ativo.
De acordo com alguns especialistas, a probabilidade de sucesso do Petro, que após os recentes acontecimentos não pode ser considerado um criptoativo, é muito baixa.
FONTE: CCN
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.