Maior banco australiano vê maiores riscos em não investir em cripto

Apesar de a volatilidade das criptomoedas ser uma realidade, não investir nelas é um risco ainda maior, disse o CEO.

Matt Comyn, CEO do Commonwealth Bank of Australia (Commbank), maior instituição bancária do país, acredita que não investir em criptomoedas é ainda mais arriscado que ficar de fora. A declaração foi feita durante entrevista ao Bloomberg.

Segundo ele, um dos maiores riscos é não aproveitar o FOMO (“fear of missing out”, que representa o medo de ficar de fora dos avanços tecnológicos) das criptomoedas.

Apesar de ter afirmado que as criptomoedas ainda são muito voláteis e especulativas, as instituições bancárias precisam abraçar a tecnologia blockchain para melhorar seus serviços. Além disso, há uma forte demanda dos usuários com relação a negociação de ativos digitais, o que reitera a importância de abraçar a economia descentralizada.

Em cima do muro, mas nem tanto

O CEO da instituição afirma não ter, por enquanto, uma posição muito clara com relação à classe de ativos em si, uma vez que sua volatilidade ainda é uma realidade. Ainda assim, Comyn acredita que as criptomoedas vieram para ficar:

“Nós também não acreditamos que o setor e sua tecnologia irão embora tão cedo. Por isso, queremos entendê-lo, além de oferecer soluções competitivas aos consumidores, com os avisos corretos a respeito dos riscos.”

O Commbank anunciou parceria com a Gemini, exchange dos irmãos Winklevoss, para oferecer negociação de ativos digitais em seu aplicativo para celular. O banco deve lançar o piloto do projeto ao longo das próximas semanas.

Moeda digital estatal (CBDC)

Comyn parece empolgado com a ideia da implementação de moedas digitais controladas por bancos centrais:

“Isso é algo em que gostaríamos de participar. Acreditamos ser importante que a Austrália construa infraestrutura e teste diferentes versões no futuro. Temos fé de ter um papel nisso.”

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.