Maior fazenda de mineração de Bitcoin dos EUA está sendo construída em um deserto na Califórnia
A maior instalação do país irá utilizar energia solar
Uma instalação de mineração de Bitcoin de 50 acres está sendo construída pela Plouton Mining no deserto de Mojave, na Califórnia. Tirando proveito da localização escolhida, a startup de Los Angeles irá utilizar energia solar para minerar o ativo.
De acordo com o CEO Ramak Sedigh e com os cofundadores Samuel Del Real e Cole Walton, a empresa foi criada para trazer um ar de sustentabilidade ao futuro da mineração de Bitcoin.
Sedigh é um empreendedor de tecnologia e imobiliário que fundou um dos primeiros bancos de dados criminais nos EUA. Unindo experiências em finanças e imóveis, o trio decidiu entrar no mercado de mineração renovável e construir uma das maiores instalações do país.
Durante uma entrevista para o CryptoSlate, Samuel Del Real revelou que a equipe acabou se envolvendo com o setor vendendo mineradores ASIC no eBay.
De acordo com ele, o trio decidiu se aprofundar neste mercado, chegando até a mineração de Bitcoin. Estudando a prática, se depararam com o grande custo gerado pelo consumo de energia, então decidiram utilizar uma fonte renovável.
“Como todos que estão na indústria já sabem, os custos de eletricidade são uma barreira de dificuldade que todos enfrentam. Então começamos a investigar a terra no deserto. Encontramos um terreno que agora é nosso e começamos o projeto!”
Segundo Del Real, a localização foi especialmente escolhida por estar classificada “entre os 12 melhores lugares do mundo em energia solar graças à sua colocação em dias de sol em geral”.
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Muitas empresas de mineração estão optando por energias renováveis. De acordo com um relatório publicado em janeiro pela CoinShares, 78% da energia utilizada para minerar Bitcoin provém de fontes renováveis.
O relatório apontou ainda que a prática está se tornando cada vez mais descentralizada. A notícia é aliviadora, visto que um estudo realizado anteriormente revelou que quase 74% de toda a mineração de Bitcoin ocorria na China, o que tornava possível um ataque 51%.
A CoinShares aponta que as mineradoras estão migrando da China para Estados Unidos, Rússia, Canadá e Islândia, tendo em vista tirar proveito de regulamentações mais favoráveis, climas mais frios e energia renovável em abundância. Atualmente, apenas 60% das mineradoras permanecem na China.
Atualmente muitos mineradores em grande escala conseguem firmar acordos com fornecedores de energia renovável para obter eletricidade ainda mais barata.
No caso da Plouton Mining há um aproveitamento ainda maior de eletricidade, visto que ao posicionar mineradores ASIC onde a energia é coletada, a mineradora pode captar mais da energia gerada, que geralmente sofre algumas perdas durante a distribuição.
O uso de energia renovável não só torna a produção de hashes mais sustentável, como também mais econômica, gerando um cenário que caminha cada vez mais para um mundo com mais sustentabilidade.
FONTE: CRYPTOSLATE
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.