Mais de 20 pessoas em Recife são vítimas de “cripto Ponzi caseiro”

Aquela indicação de investimento pode ser um “Ponzi caseiro”

Assim como todo bom esquema de Ponzi, um empresário ofereceu aos médicos, amigos de seu pai, uma excelente oportunidade de investimento em outubro do ano passado: criptomoedas.

Mas claro, ele seria o responsável por lidar com todas as transações, era necessário apenas investir – ou seja, dar dinheiro nas mãos do empresário.

De acordo com uma publicação do Correio Braziliense, uma das pessoas investiu R$150 mil em três meses. Também típico de todo bom esquema de Ponzi, ela parou de receber notícias do gênio por trás da máquina de multiplicar dinheiro.

De acordo com esta médica que investiu R$150 mil em um Ponzi, ela e os colegas de profissão acreditaram que estavam fazendo um ótimo investimento.

“Tirei todas as dúvidas com ele e, desde outubro, inseria valores. Há 15 dias, porém, ele começou a enrolar para enviar os extratos.”

Além de afetar pessoas residentes do estado de Pernambuco, o esquema afetou também médicos paraibanos e baianos. De acordo com a publicação original, os médicos ficaram sabendo dos investimentos por meio do pai do empresário, um ortopedista que atua no polo médico de Recife.

Além de médicos, administradores e até mesmo um autônomo investiram no esquema. As quantias depositadas por cada um deles variam entre R$50 mil e R$600 mil.

Parece legítimo

O empresário se aproveitou da confiança que as vítimas tinham em seu pai para executar o golpe. Ademais, era firmado um contrato entre o empresário e os “investidores”, e informações sobre o mercado eram apresentadas constantemente.

Ao procurarem o pai do empresário que lhes aplicou o golpe, as vítimas receberam a notícia de que haviam perdido o dinheiro. Uma das vítimas conta:

“Fomos informados de que ele, que cuidava de parte do nosso dinheiro, era viciado em jogos e teria perdido toda a quantia investida pelos clientes. Ficamos sabendo que não está foragido, mas que estaria internado em uma clínica psiquiátrica. Queremos respostas concretas e nosso dinheiro de volta, por isso procuramos a polícia.”

O caso serve para deixar atentos os leitores que já receberam oferta do filho do amigo do pai envolvendo “investimentos”. Este é o típico “Ponzi caseiro”.