Malware escondido em arquivo torrent de filme muda endereços de criptomoedas

Novo malware é focado em dispositivos Windows

Um novo malware, que se disfarça de um arquivo torrent de um filme no The Pirate Bay (TPB), pode manipular páginas da web e substituir endereços de Bitcoin e Ethereum, relatou a Bleeping Computer.

O malware — que originalmente pensava-se que injetava anúncios no Google e em resultados de busca — na verdade executa diversas funções, algumas delas sendo descobertas pelo pesquisador por trás da pesquisa, Lawrence Abrams.

“O que parecia ser um injetor de anúncios na página principal do Google acabou se mostrando apenas a ponta do iceberg,” os pesquisadores alertaram.

O arquivo contém um código malicioso que se comporta como um filme no TPB, especificamente “A Garota na Teia da Aranha”.

Webitcoin: Malware escondido em arquivo torrent de filme muda endereços de criptomoedas

Na verdade, junto com os anúncios e a manipulação dos resultados de busca para que certos links sejam mostrados primeiro, o malware é capaz de alterar os endereços das carteiras, colocando o endereço de carteiras pertencentes ao invasor. Isso ocorre quando usuários utilizam a função “copiar e colar” do Windows, e esse tipo de técnica já foi utilizada em outro malware.

“Essa tática não mostra sinais que alertem o usuário sobre algo errado,” informou o Bleeping Computer.

O veículo de notícias completou:

“Tendo em vista que as carteiras são uma linha cheia de caracteres aleatórios, a maioria dos usuários provavelmente não nota a diferença entre o que eles esperavam copiar e colar e o que saiu.”

Outras funcionalidades são identificadas com mais facilidade, como um banner falso que aparece no Wikipedia, convidando usuários a doarem BTC e ETH para um endereço específico.

Malwares relacionados a criptomoedas aumentaram em 2018, apesar do ano ter sido de queda, o que significando que os fundos acumulados perdiam valores dias ou horas após a coleta.

Na semana passada, uma pesquisa corroborou as alegações de que cerca de 4% a 5% do suprimento de Monero em circulação foi minerado por meio de malware. Essa quantidade se traduz em US$56 milhões em lucros.

Fonte: The Cointelegraph