Membro do departamento jurídico da Unick Forex se pronuncia sobre alerta de atuação irregular da CVM
Unick apresenta sua versão sobre o alerta da CVM
Na última quinta-feira (25) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu mais um alerta de atuação irregular voltado à Unick Forex, empresa caribenha de marketing multinível fundada por brasileiros.
De acordo com a comissão, a Unick “emite e distribui valorem mobiliários sem autorização”.
O novo alerta é um “reforço” à suspensão de atuação regular emitida no dia 22 de março de 2018, que afirma que a empresa não possui “autorização da Autarquia para captar clientes residentes no Brasil, por não integrarem o sistema de distribuição, conforme previsto no art. 15 da Lei 6.385/76”, pedindo ainda a suspensão imediata de qualquer veiculação de oferta pública de oportunidades de investimento em valores mobiliários.
“Caso não seja cumprida a determinação, estarão sujeitos à multa cominatória diária no valor de R$ 1.000,00. Além disso, sem prejuízo de responsabilidades pelas infrações já cometidas antes da publicação deste Ato, poderá haver imposição das penalidades cabíveis, nos termos do art. 11° da Lei 6.385/76, após o regular processo administrativo sancionador.”
Como as atividades continuaram e a CVM continuou a receber reclamações sobre a atuação da empresa, a SMI (Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários) da comissão “ofereceu acusação no Processo Administrativo Sancionador 19957.000238/2019-82, em face da Unick, de seus sócios e de um de seus prepostos”.
A versão da Unick
Em defesa da empresa, o canal oficial da Unick no Youtube divulgou um vídeo com a participação de Marcos Prata, membro do departamento jurídico, para “prestar um esclarecimento de forma objetiva, técnica e também clara” sobre os recentes acontecimentos.
De acordo com Marcos, a Unick não é uma instituição financeira e não trabalha com investimentos, sendo apenas uma prestadora de serviços para a Golden Stripe Belize.
“A Unick é uma prestadora de serviços à Golden Stripe Belize, para a qual ela presta um serviço de suporte, para a qual ela presta um serviço de marketing e de apoio.”
Ele acrescenta que a Golden Stripe vende um conteúdo digital que diz respeito ao mercado de cripto e ao forex, e ainda realiza um “trabalho de educação financeira”.
“… ela vende informação, ela vende conhecimento, e as pessoas confundem as formas, a estratégia de marketing da empresa com a qual ela tenta atrair clientes e fidelizar os que já existem, com investimento.”
Marcos ainda cita o Cashback, método de bonificação da empresa, que segundo ele se trata de uma “doação remunerada que a empresa dá para os clientes que compram seu produto”, afirmando que é uma prática comum nos Estados Unidos.
“Então senhores, a Unick (…) trabalha em sua plena normalidade, está tudo bem, não há ato novo, não há fato novo, o que há é um ato reiterado proveniente de questionamentos. Questionamentos equivocados, questionamentos talvez até de má fé, que todos aqui sabemos que trabalhamos com conhecimentos, vendemos um produto digital”, conclui Marcos.
Anteriormente o WeBitcoin noticiou que Danter Silva, atual diretor de marketing da Unick Forex, está sendo investigado por envolvimento na captação de clientes para a D9 Clube de Empreendedores, pirâmide financeira que afundou em 2017 após enganar milhares de investidores sob a fachada de trade esportivo.
De acordo com Danter, muitas pessoas estão se apropriando de uma informação “fora de contexto” para gerar afirmar que ele possui culpa no caso. Silva disse ainda que era apenas mais um cliente na empresa.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.