Mercado Livre firma parceria com a cripto startup Ripio para que seus vendedores saquem valores em Bitcoin
Aderindo à febre das criptomoedas e ampliando a adoção destas em solo brasileiro, o Mercado Pago se aliou à cripto startup Ripio para permitir que os vendedores da plataforma Mercado Livre retirem seus valores recebidos em bitcoins.
Vendedores do Mercado Livre poderão sacar em Bitcoins
A atual volatilidade do mercado, imersa em um período de baixa, não afugentou a famosa plataforma de compra e venda, que fechou um acordo com a Ripio, empresa de corretagem argentina criada há quatro anos, responsável por prestar serviços de custódia, compra e venda de bitcoins.
A novidade está disponível para vendedores do Brasil e Argentina, que poderão comprar bitcoins com suas posses existentes no Mercado Livre por meio de uma carteira criada na Ripio.
A integração entre as duas empresas torna prática a compra da maior criptomoeda do mundo em capitalização de mercado, bastando que o vendedor acesse sua conta Ripio e opte por incluir quantias em seu saldo, podendo utilizar tais valores para obter bitcoins. Os usuários da Ripio e Mercado Pago são vinculados, razão pela qual as contas devem ser necessariamente as mesmas. Fernando Bresslau, country manager da Ripio no Brasil, foi citado pela Exame:
“Todos devem ter acesso a diversos tipos de investimentos e serviços financeiros. A Ripio oferece aos usuários do Mercado Pago um acesso simples ao bitcoin, seja para ser utilizado como mais um ativo financeiro no portfólio de investimentos do usuário ou para que esse usuário possa fazer transferências rápidas de valor através da internet, em situações em que uma TED ou o uso de cartão de crédito não são possíveis.”
Sobre a Ripio
A presença da Ripio na América Latina se estende para Argentina, Brasil, Colômbia e México. A empresa realizou uma oferta inicial de moedas (ICO), através da qual obteve US$37 milhões em ETH, sendo importante ressaltar que ela já tinha angariado US$5 milhões de importantes figuras da cripto esfera, como Tim Draper, Pantera Capital e DCG.
A empresa (que inicialmente era BitPagos) já foi citada em diversos veículos de comunicação influentes, e se auto intitula “a empresa de criptomoedas com maior projeção na América Latina”. Atualmente, seus maiores mercados são Argentina (onde conta com mais de 200 mil usuários) e Brasil (com 35 mil usuários em solo tupiniquim). Após captar cerca de 130 mil usuários em menos de um ano, contando atualmente com mais de 250 mil, um dos atuais objetivos da Ripio até o final de 2018 é contar com uma base de 500 mil usuários.
Adoção de criptomoedas no Brasil
Em julho deste ano, Corinthians e Atlético Paranaense fecharam um acordo com a startup chinesa de criptomoedas Inoovi, a fim de utilizar o token IVI na venda de produtos e ingressos, a princípio. Além disso, um restaurante especializado em culinária italiana em Londrina, chamado La Gondola, começou a aceitar pagamentos efetuados com Bitcoin. Uma notícia mais recente tratou sobre a Bitmilhas, plataforma através da qual é possível vender milhas aéreas e receber em Bitcoin.
Toda esta movimentação no cenário das criptomoedas brasileiro atraiu a atenção da grande exchange Huobi, atualmente a terceira maior plataforma de troca de criptomoedas do mundo, de acordo com o CoinMarketCap, que recentemente chegou ao mercado brasileiro.
Fonte: Exame