Meses após o hack, exchange Cryptopia retoma os serviços
Plataforma neozelandesa retorna ao mercado
Alguns meses após o hack que resultou na perda de milhões de dólares, a exchange Cryptopia retomou os serviços de negociação.
De acordo com o Twitter da plataforma, a equipe deu início à listagem de 40 pares de negociação considerados “seguros”. Aparentemente outras moedas serão adicionadas periodicamente, após passar por uma avaliação. No momento, segundo o site oficial da exchange, moedas como o Bitcoin, Litecoin e Doge estão entre os principais ativos listados.
A invasão, que ocorreu em janeiro, resultou em mais de US$16 milhões de perdas em Ethereum e tokens ERC20. Em uma declaração a plataforma afirmou ter perdido 43,19% de seu fundo de Litecoin e 14% de Bitcoin. Os hackers conseguiram deixar a Cryptopia sem ativos essenciais.
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Os danos foram minimizados graças a Changpeng Zhao, que identificou e congelou uma parte dos fundos desviados da Cryptopia que foram transferidos para a Binance.
Após a reabertura da plataforma, muitos investidores reclamaram da falta de uma porcentagem de seus fundos.
“Eu loguei na minha conta e tive um corte de 15% no BTC. Ouvi que o ETH teve um corte de 100%”
Para reparar a situação, a exchange emitiu um email informando que colocaria Cryptopia Loss Marker (CLM) no lugar dos fundos em falta para avaliar a perda de cada investidor no dólar neozelandês (NZD).
“CLM não é uma moeda, ainda não pode ser negociada como uma, é apenas um número no banco de dados que representa a perda de cada moeda para cada usuário em NZD no momento do evento. Ainda há passos a serem dados para garantir que estamos tomando um rumo legal para o reembolso”.
A mesma iniciativa foi realizada pela BitFinex após a perda de US$71 milhões para hackers. Após a invasão em agosto de 2016 a plataforma distribuiu tokens BFX para as vítimas. Em troca, os usuários teriam que arcar com um corte de 36% no Bitcoin. A BitFinex comprou todos os tokens BFX em abril de 2017.
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FONTE: ATOZ MARKETS
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.