Meta quer criar “compatibilidade profunda” com blockchain

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Andrew Bosworth, futuro CTO da Meta. Fonte: G1

Afinal, metaverso não faz sentido se não for integrado com outros ecossistemas.

Meta x DeFi

De acordo com informações do New York Times, Meta (ex-Facebook) pretende criar “compatibilidade profunda” com blockchain em seu projeto de metaverso.

Segundo a nota, que foi obtida pela redação do jornal, Andrew Bosworth será o novo CTO do projeto a partir de 2022. Um de seus objetivos será garantir o máximo de compatibilidade com outros ecossistemas blockchain – incluindo a utilização de criptomoedas.

Isso significa que, pelo menos na teoria, a plataforma proprietária desenvolvida pela empresa não será limitada por seu próprio ecossistema digital; podemos esperar uma integração com outros projetos descentralizados – ainda que, até o momento, tudo não passe de especulação.

Revolução digital

Bosworth expressou sua preocupação a respeito de a Meta se tornar pioneira dentro do metaverso, tendo em vista que vários outros projetos descentralizados estão desenvolvendo soluções há alguns anos.

Também destacou que a tecnologia blockchain pode promover “profundos impactos em nossa indústria ao longo da próxima década”:

“Minha orientação geral é buscar uma compatibilidade profunda com a blockchain. Ainda não há muitos lugares onde eu espero que dependamos exclusivamente dela, mas se virmos uma oportunidade de trabalhar em conjunto com empreendedores em Web3, espero que o esforço valha a pena.”

Ceticismo

A empresa pretende criar sua própria criptomoeda – uma tentativa de emitir um ativo aceito mundialmente, com compatibilidade total no Facebook e no WhatsApp. Contudo, o Google continua receoso com relação à tecnologia.

Segundo informações da CNBC, o Google alega que 86% de 50 contas Google Cloud foram utilizadas indevidamente para a mineração de criptoativos. De acordo com a empresa, os criminosos precisam de alto poder de computação para tornar a atividade em algo lucrativo – e o Google tem desempenho de sobra.

Mas estes problemas parecem não afetar a opinião da gigante das redes sociais: a empresa estuda meios de trabalhar diretamente com tokens não fungíveis (NFT) e investir em soluções descentralizadas, a fim de incorporá-las em sua infraestrutura.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.