Como as mídias sociais podem contribuir para o progresso da Web 3?

image 36

As mídias sociais são um dos principais iniciadores do conceito de “cultura participativa” do professor Henry Jenkins, que permitiu que as pessoas se tornassem “prosumers”. O termo “prosumer” significa que as mídias sociais contribuíram para que usuários pudessem produzir e consumir conteúdo livremente.

Isso levou ao desenvolvimento da internet, criando, em última instância, a iteração da Web 2 – uma era da internet que permitiu o crescimento da cultura participativa. Mas as coisas mudaram drasticamente com o advento da Web 3.

bigeyes01 botao01 9

Desde o surgimento das criptomoedas, em 2009, teóricos da internet e entusiastas têm discutido o potencial início de uma nova era online; uma iteração sem inspiração referindo-secomo web 3. O termo “Web 3” surgiu do co-fundador do Ethereum, Gavin Wood em 2014, e a ideia se popularizou entre jornalistas ao redor de todo o mundo em 2021. A questão surge: como os meios de comunicação social (iniciadores da Web 2) contribuem para a construção da Web 3?

Como as mídias sociais ajudaram a avançar a criptografia

Quando o Bitcoin (BTC) nasceu em 2009, ele trouxe algo para a internet que ainda não havia sido descoberto. O BTC é descrito como uma moeda on-line peer-to-peer, fazendo com que as transações ocorram sem o envolvimento de um intermediário para facilitá-las.

Seu objetivo era fornecer às pessoas uma plataforma onde “pagamentos online pudessem ser enviados diretamente de uma parte para outra, sem a necessidade de haver uma instituição financeira por trás” – palavras do fundador anônimo do Bitcoin, que atende sob o pseudônimo de ‘Satoshi Nakamoto’.

O Bitcoin foi o pioneiro no caminho para outras redes blockchain. Levando elementos do projeto do Bitcoin, existem milhares de Frankensteins com suas próprias iterações, apresentando diferentes graus de sucesso. 

bigeyes01 botao01 9

As mídias sociais foram um fator definitivo para aumentar a popularidade e o valor do Bitcoin nos últimos anos. Menos de uma década atrás, o Bitcoin valia US$ 0,06 centavos. De acordo com um estudo realizado pelo Pew Research Centre em 2021, mais da metade dos usuários do Twitter recebem notícias de mídias sociais nos EUA – o que, sem dúvidas, levou ao importante aumento da moeda digital.

Além disso, uma das plataformas de mídia social mais proeminentes – o Facebook – usa anúncios para alcançar um grande público. A partir de 11 de julho de 2022, o BTC valia US$ 20.000.

image 37
Bitcoin (BTC): o precursor da Web 3.

 

A Influência das mídias sociais na cultura cripto e na Web 3

As mídias sociais também motivaram a criação de memes, que agora transcenderam o mundo das criptomoedas através da criação das meme coins.

As meme coins referem-se às criptomoedas que são baseadas em uma imagem viral da internet. A primeira meme coin criada é a Dogecoin (DOGE), baseada no meme ‘doge’ de 2013 que mostra um cão Shiba Inu olhando para uma câmera cercada por monólogos escritos.

bigeyes01 botao01 9

Big Eyes Coin (BIG) é uma nova meme coin no mercado de criptomoedas, claramente baseada na cultura japonesa ao exibir um mascote de gato em mangá, com olhos orbitais adoráveis.

Ao empregar um belo felino em sua imagem, Big Eyes Coin distingue-se de outras meme coins que tradicionalmente usam cães como seus mascotes, como Dogecoin (DOGE), Shiba Inu e Floki Inu.

A Big Eyes Coin planeja conservar uma parte vital do ecossistema mundial, ao mesmo tempo em que traz novos ares ao ecossistema de finanças descentralizadas (DeFi). Sua rede blockchain terá carteira cripto designada à caridade, onde as doações serão feitas diretamente aos santuários oceânicos.

Uma abordagem filantrópica para um esforço geralmente capitalista. De acordo com um artigo publicado pela Euro Weekly News, a Big Eyes Coin planeja fazer com que sua coleção NFT exploda no top 10 do ranking, hospedando eventos NFT sazonalmente.

image 38
Web 3 é a palavra-chave do universo blockchain.

É inegável que as mídias sociais permitiram o crescimento das criptomoedas e ajudaram no avanço da tecnologia blockchain através da promoção consistente de várias plataformas. A maioria das pessoas recebe suas notícias cripto de vários meios de comunicação social e fóruns da internet.

Se esses meios de imprensa continuarem a fornecer informações ao público, isso não só influenciará as decisões das pessoas, como também levará a sociedade à normalização do uso de moedas digitais diariamente – culminando na chegada da Web 3.

bigeyes01 botao01 9

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.