Mineração de Bitcoin pode ser afetada por condições climáticas extremas
Certas questões podem influenciar diretamente a performance da mineração; conheça-as.
Bitcoin e o clima
Se você conhece um pouco sobre criptomoedas e blockchain, deve saber que mineradoras de criptomoedas gostam de ambientes frios. O motivo é simples: as máquinas são obrigadas a funcionar sem interrupções e, por possuírem alto desempenho, geram bastante calor.
Dissipar calor é fundamental para garantir o correto funcionamento das máquinas: caso contrário, elas podem superaquecer e sofrer danos irreversíveis. Cuidar da refrigeração é fundamental para aumentar a vida útil dos equipamentos.
Garantir o correto funcionamento destes dispositivos exige grandes quantidades de energia; acontece que, em certos países, isso pode ser um problema devido às questões climáticas locais.
Frio, calor e mineração
Segundo relatório emitido pelo Bloomberg, a Riot Blockchain, uma das maiores mineradoras de criptomoedas no Texas, teve de interromper suas atividades temporariamente no final do ano passado. O inverno começara no país e, com isso, o consumo energético das casas aumenta para garantir aquecimento.
Apesar de o estado norte-americano possuir baixo custo de energia elétrica, o elevado consumo oriundo das máquinas de mineração pode ser um problema durante períodos muito frios: uma parte considerável dos lares precisa de eletricidade para ligar seus aquecedores.
O mesmo problema pode acometer lares em países extremamente quentes durante o verão: a Al Jazeera informou que o Irã baniu a mineração de criptomoedas durante os períodos mais quentes, pois sua concessionária energética, antes mesmo da entrada dos mineradores, enfrenta problemas de distribuição durante períodos críticos.
Solução
Minerar Bitcoin e outras criptomoedas exige grandes quantidades de energia; depender de concessionárias tradicionais, voltadas à utilização tradicional, pode ser um grande problema no longo prazo.
Por conta disso, certas empresas de mineração constroem usinas próprias de energia para evitar a dependência: dessa forma, as atividades podem prosseguir tranquilamente, sem influenciar negativamente o mundo ao seu redor.
Criptomoedas Proof-of-Work (PoW), a exemplo do Bitcoin e do Ethereum em seu estado atual, exigem mais energia para funcionar que moedas Proof-of-Stake (PoS): a mudança do protocolo de consenso poderia, sem dúvidas, ajudar o mercado descentralizado a distribuído a prosperar com mais independência.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.