Mineração ilegal de criptomoedas angariou mais de US$50 milhões em uma década

Mineração ilegal de criptomoedas já foi bem lucrativo

O ecossistema das criptomoedas tem sido um grande alvo de atividades ilegais e do cibercrimes, como roubo online e hacks. Minerar criptomoedas é essencial para todas as moedas, incluindo Bitcoin e Bitcoin Cash e, ao longo dos anos, criminosos começaram a ver buracos de minhoca no sistema, lucrando com eles.

De acordo com uma análise de Sergio Pastrana e Guillermo Suarez-Tangil, ciber crimes relacionados a mineração de criptomoedas geraram mais de US$50 milhões na última década.

O par de analistas examinou mais de 4,4 milhões de amostras de malware (cerca de um milhão de mineradores) em um período de doze anos, partindo de 2007 até 2018. Após a análises, eles descobriram que os fraudadores conseguiram obter lucros de US$56 milhões, levando em consideração as criptomoedas que foram mineradas e os valores à época.

Os criminosos rastrearam usuários não suspeitos e invadiram seus dispositivos para roubarem suas capacidades computacionais, minerando secretamente criptomoedas em favor próprio.

Cibercriminosos também utilizaram outro modo de injeção, complicado demais para ser pego por um usuário comum. Nesse método, um código de mineração é escondido dentro de um programa legítimo. Uma vez que o produto era iniciado, o código secreto no computador do usuário começaria a minerar e as recompensas seriam transferidas para a carteira dos fraudadores.

Descobriu-se que a Monero (XMR) sofreu a maior parte em termos de atividades criminosas de mineração e fraudes online, tendo em vista que a moeda foi repetidamente atacada por conta da sua característica inerente de ser um dos ativos digitais mais anônimos.

Ademais, o estudo revelou ainda que mais de 4% de todos os tokens XMR em circulação foram resultado de mineração ilegal.

Pastrana e Suarez-Tangil declararam:

“Monero mudou seus algorítimos duas vezes em 2018. Em cada mudança, cerca de 73% e 90% das campanhas encerraram suas operações.”

Fonte: AMBCrypto