Monero é a criptomoeda favorita para ataques de ransomware

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XMR é a criptomoeda favorita dos ransomwares. Imagem: Monero Brasil

Moeda digital é focada no anonimato; suas transações não podem ser rastreadas.

Monero e hackers

Segundo relatório da CipherTrace, empresa de análise de blockchain, as criptomoedas focadas em privacidade, a exemplo da Monero (XMR), são as mais utilizadas por criminosos para a execução de ataques ransomware.

Ransomware é um ataque hacker que busca roubar dados sensíveis de usuários ou empresas. Para remover a ameaça, os criminosos solicitam uma determinada quantia.  

De acordo com o “Current Trends in Ransomware” (Tendências Atuais em Ransomware, em tradução livre), houve um aumento de 500% no número de ataques ransomware de “extorsão dupla” de 2020 a 2021.

Nenhuma novidade

No dia 10 de fevereiro, a Chainalysis publicou o relatório “Crypto Crime Report”: de acordo com os estudos, os pagamentos em criptomoedas para ransomware chegaram a US$ 600 milhões.

Em linhas gerais, os criminosos cobram um determinado valor em XMR e, no caso de criptomoedas facilmente rastreáveis, como o Bitcoin (BTC), há um acréscimo que varia de 10% a 20%.

Isso ocorre porque, como as criptomoedas mais populares são facilmente rastreáveis, os riscos envolvendo seu recebimento são aumentados.

Censura

Por conta de sua privacidade e anonimato, criptomoedas como Monero, Dash (DASH) e ZCash (ZEC) foram removidas de corretoras em alguns países, como Reino Unido e Japão.

Mas isso não parece importar para os desenvolvedores da Monero: em julho, a criptomoeda passará por um hard fork para tornar suas principais características ainda mais robustas.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.