Para monitorar criptomoedas, polícia britânica precisa de muito dinheiro
Apesar de terem recebido uma quantia mais que generosa para combater crimes com criptomoedas, oficiais dizem precisar de mais
Mais dinheiro, por favor!
Recentemente, a polícia do Reino Unido recebeu cerca de 100 milhões de libras para investir em sua “força-tarefa cripto”. Como o próprio nome sugere, a ideia é montar um grupo especializado em prevenir, monitorar e combater crimes cibernéticos envolvendo criptomoedas. Acontece que, segundo as autoridades, o valor não é suficiente.
Falta de financiamento, recursos sobrecarregados e dificuldade em trazer grandes mentes para perto da iniciativa estão entre os principais perrengues dos policiais britânicos. De acordo com a Agência Nacional do Crime (NCA), houve um “aumento significativo” em golpes relacionados a criptomoedas.
A nota aponta um maior número de campanhas de ransomware no país. Além disso, 20% dos casos de fraude no Reino Unido usaram a Binance, maior corretora do mundo, para movimentar fundos das vítimas.
Solução
Para resolver a demanda das autoridades, o governo terá de superar a oferta da iniciativa privada. Alan Gould, chefe da polícia britânica, comentou sobre a perda de um talento:
“Ofereceram 200 mil libras a um de meus sargentos, para trabalhar no setor privado. Nós não podemos competir com isso. Esse é provavelmente o maior risco que nós enfrentamos dentro dessa área no momento.”
Mesmo com todas as dificuldades e com o orçamento “enxuto”, ele afirmou que a polícia foi capaz de apreender centenas de milhões de libras em criptomoedas ao longo dos últimos anos.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.