Mt. Gox: plano de reabilitação de US$ 1,5 bilhão adiado novamente

A exchange de criptomoedas, Mt. Gox, deve devolver mais de 150.000 Bitcoin às vítimas do hack de 2014. Mas a data do plano de reembolso continua mudando.

A exchange Mt. Gox recebeu uma extensão de dois meses em seu plano de reabilitação de US$ 1,7 bilhão por ordem de um tribunal de Tóquio nesta manhã, de acordo com um comunicado oficial. A mudança é a mais recente de uma longa série de atrasos.

“O Tribunal Distrital de Tóquio emitiu uma ordem para estender o prazo de apresentação do plano de reabilitação para 15 de dezembro de 2020”, disse Nobuaki Kobayashi.

Ainda acrescentou:

“O Curador de Reabilitação está atualmente formulando o plano de reabilitação, mas como há questões que requerem um exame mais detalhado em relação ao plano de reabilitação, tornou-se necessário estender o prazo de apresentação.”

A extinta Mt. Gox – que já foi a maior exchange cripto do mundo que administrava mais de 70% de todas as transações de Bitcoin em seus primeiros anos – foi atacada por hackers no início de 2014 e perdeu cerca de 740.000 Bitcoin, na época. O hack foi o maior dos muitos ataques à exchange nos anos 2010-13.

No entanto, do saque roubado, 100.000 Bitcoin foram encontrados em uma antiga carteira e foi recuperada nos meses seguintes, marcando o início de uma batalha judicial de vários anos entre a Mt. Gox e seus credores (as vítimas).

Em 2018, a Mt. Gox disse que pretendia reembolsar todas as contas afetadas com seu fundo de falência – que continha mais de 150.000 Bitcoin – tanto em Bitcoin quanto em dinheiro (se suas contas contivessem criptomoedas diferentes de Bitcoin no momento do hack) – mas exigiu tempo dos tribunais japoneses para traçar um plano de reabilitação. Um que ainda está em movimento.

Fonte: Decrypt

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.