Novo app usa Blockchain para ajudar vítimas de abusos sexuais

O Smashboard é um novo aplicativo que utiliza o Ethereum Blockchain para ajudar a combater a cultura do estupro

Quando se fala em Blockchain, as pessoas associam logo com as criptomoedas. Mas, como um dos campos mais novos e empolgantes da tecnologia emergente, há uma variedade incrivelmente ampla de casos de uso para Blockchain. Quando se trata de combater o problema antigo de como prevenir a agressão sexual, fica claro que precisamos procurar novas maneiras de fazer isso. A capacidade da Blockchain de armazenar e registrar informações e anonimizar registros tem um potencial promissor para ajudar vítimas de crimes sexuais.

Apresentando o novo aplicativo, o Smashboard, uma rede social com sede na Índia, com recursos específicos para desafiar a cultura do estupro e criar uma comunidade on-line onde as pessoas procuram ou oferecem ajuda para vítimas de abusos sexuais.

O aplicativo, disponível para download na Índia em dispositivos Android e iOS, utiliza o Ethereum  Blockchain. Os recursos do aplicativo incluem um histórico permanente com registro de data e hora para as vítimas de abuso sexual, que podem, dizem eles, eventualmente serem usados como evidência em processos judiciais.

Além disso, o aplicativo sem fins lucrativos oferece uma extensa lista de recursos de saúde mental e profissionais da área jurídica, um fórum para os usuários procurarem e oferecerem ajuda na comunidade e um feed de notícias mostrando artigos de publicações onde o tema é abordado.

Todos os usuários podem permanecer anônimos ao usar o aplicativo, que supostamente não coleta dados ou usa software de rastreamento de localização.

Possísvel criptomoeda no futuro do Smashboard

Embora o Smashboard use blockchain para proteger a identidade de seus usuários, ela planeja lançar sua própria criptomoeda. No entanto, o uso de criptomoeda está atualmente proibido na Índia. Conversando com Quartz, Noopur Tiwari, fundadora do aplicativo, disse que acredita que, se a criptomoeda for legalizada e regulamentada adequadamente, a Smashboard poderá lançar uma moeda chamada “SMASH” para financiar campanhas feministas, ferramentas digitais e iniciativas de base de investidores que estejam alinhados com a causa.

Este aplicativo conecta sobreviventes e aliados por meio dele, no momento, está disponível apenas em inglês, espanhol e francês, mas tem planos de expandir suas opções de idioma.

A tecnologia é preto e branco, mas o mundo dos humanos não é. Nunca podemos confiar apenas na tecnologia para nos proteger, porque a tecnologia nunca pode substituir uma cultura sexual saudável, onde o consentimento é respeitado e discutido abertamente. No entanto, a Smashboard oferece esperança na criação de um espaço on-line seguro para as vítimas em um momento em que o movimento #MeToo na Índia está causando impacto.

Fonte: TheNextWeb

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.