A tecnologia de rede distribuída tem o potencial de tornar mais aberto o sistema de crédito, com menor vulnerabilidade dos bancos de dados

Uma das principais vantagens do uso do blockchain é seu funcionamento como registro público, que tem dado origem a aplicações em segmentos dos mais variados. E assim também tem sido com as ações que integram a tecnologia que dá base aos criptoativos às atividades de players da área financeira tradicional. É o caso do sistema de crédito, que se alinha á percepção dos benefícios da transparência trazida pela rede distribuída.

Para a concessão de crédito, os bancos e instituições financeiras recorrem a um sistema de pontuação que funciona como uma escala de atribuição de qualidade. Quanto melhor a classificação de quem estiver recebendo um empréstimo, por exemplo, mais fácil o acesso à operação, com taxas de juros mais baixas. Equifax, Experian e TransUnion são três grandes agências de operação de crédito, cujas escalas de pontuação são utilizadas por bancos e financeiras de todo o mundo.

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E o que tudo isso tem a ver com blockchain?
Agora imagine o quão gigantescas são as bases de dados mantidas por essas empresas, com informações confidenciais de milhões de pessoas e o impacto de uma violação a esses sistemas. Em 2017, foi registrado um episódio desse tipo, com um ataque à Equifax demonstrando a vulnerabilidade de um banco de dados centralizado. Para além de informações sobre documentos pessoais dos afetados, é uma situação que pode expor o escore de crédito desses milhares de cidadãos, comprometendo sua reputação ou até mesmo o acesso a alguns serviços financeiros.

E isso tudo ocorre sem que as pessoas afetadas tenham a menor ideia de que informações sobre sua vida financeira estejam tão expostas. É justamente isso que o blockchain tem a potencialidade de mudar. A partir de um registro descentralizado e público os consumidores terão acesso e maior controle sobre os seus relatórios de crédito, visualizando históricos completos e tendo mais ferramentas de análise de como agir diante de suas possibilidade de acesso a operações financeiras.

É uma forma de construir relatórios mais justos e transparentes, com maior viabilidade de discussão pública em torno do sistema de concessão de crédito. É mais domínio da sociedade sobre como todo esse mecanismo opera e a chance de trazê-lo para novos parâmetros.

FONTE: COINNEWS TELEGRAPH

O autor: Daniela Risson

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.