O promissor IOTA e suas peculiaridades de mercado

A moeda da Internet das Coisas

A criptomoeda IOTA chegou ao mercado em junho de 2017, tendo relevantes 0,64 centavos de dólar, o que é muito bom para uma estréia. Mas, porque ela conseguiu abrir suas operações no mercado com este valor?

Seu nome é uma abreviação do seu cerne, IOTA significa “Internet of Things Altcoin”, portanto ela se baseia no famoso conceito de IoT, ou Internet das Coisas no bom português.

A Internet das Coisas é um modelo de tecnologia onde seu princípio está em transformar objetos corriqueiros em algo informativo, dando novas atribuições a eles. Por exemplo, os tênis dos maratonistas profissionais contém um chip para transmitir a localização e velocidade em que o atleta se encontra no momento, isso é IoT.

Esta tecnologia possui muitas finalidades e ela vem sendo aprimorada a cada dia que se passa, como nos cartões de crédito por aproximação ou nos protótipos de casas inteligentes.

A fim de se utilizar esta ferramenta para a mobilidade e trazer automação a para o dia a dia das pessoas, David Sonstebo deu início no que viria a ser a moeda da Internet das Coisas.

É curioso entender que a IOTA faz uso do conceito de descentralização assim como as demais criptomoedas do mercado, mas ela não utiliza o blockchain padrão, famoso por embasar criptomoedas como o Bitcoin, Ethereum, Litecoin, Ripple e várias outras. O IOTA usa uma variação conhecida por Tangle.

Os bastidores do IOTA

O Tangle se difere do blockchain clássico por não recorrer ao desacoplamento de rede para validar suas transações, ou seja, ele não busca os “mineradores” para validar suas transações, logo, não é uma moeda minerável.

Suas verificações são realizadas apenas por seus usuários, de modo que um novo nó deva comprovar a autenticidade dos dois nós anteriores. Este é um formato de rede menos seguro que o blockchain, mas tem potencial para suportar um volume de tráfego muito maior.

O complemento de segurança do IOTA vem de sua execução em cima da computação quântica garantida pela plataforma “Quantum Source”. Tudo isso vem para minimizar os encargos de transações, permitindo que micro-valores trafeguem sem alterações de preço.

O projeto ainda conta com interoperabilidade, existindo a possibilidade de interação com outras redes, podendo também exercer o papel de oráculo para contratos inteligentes que são executados fora do IOTA, uma vez que ele não oferece suporte neste serviço.

Com seu lançamento de mercado em junho de 2017, ele pegou a expansão das criptomoedas daquele ano, chegando a atingir US$ 5,23 em seu pico e assim como todo o mercado, ele veio a baixo no início de 2018. Hoje ele está cotado em meros 0,29 centavos de dólar.

Um dos principais vilões para o IOTA foi o próprio tempo. Por mais que já estejamos vivendo momentos de IoT, esta tecnologia ainda não é acessível a todos ao ponto de viabilizar o consumo de IOTAs. Este ainda é um conceito futurista, uma realidade que ainda será popular nos próximos anos, mas ainda assim, ele ocupa um lugar entre as 20 criptomoedas mais influentes no CoinCheckup.