O que aconteceu com o hashrate da Litecoin 8 meses após o halving?
Contexto pré-halving
Talvez você já nem se lembre mais do acontecido, afinal já se passaram 8 meses desde o halving da Litecoin, em agosto de 2019. Cercado de um pouco de otimismo e muito ceticismo, o halving da “prata digital” acabou não se mostrando positivo para a criptomoeda, pelo menos até o presente momento.
Antes de mais nada, pensemos no contexto: ao ano de 2019 foi, de modo geral, positivo para o mercado cripto. O Bitcoin conseguiu uma forte recuperação no primeiro semestre, saltando de US$ 3.800 para quase US$ 14.000 em poucas semanas.
Esse movimento fez o mercado ressurgir das cinzas após o inverno cripto de 2018. Boa parte das altcoins conseguiu se recuperar, apresentando bons ganhos, e esse foi exatamente o caso da Litecoin.
Conforme explicamos nesse texto, o LTC obteve ganhos de mais de 300% no período compreendido entre 1 de janeiro de 2019 e 22 de junho, corrigindo logo em seguida. Ainda assim, os ganhos estavam baseados na alta do Bitcoin, e não necessariamente na Litecoin, seja de maneira grafista ou fundamental.
Esperava-se uma alta nas semanas que antecediam o halving, fato tal que não ocorreu. Ironicamente, a data do halving marcou o último dia que pudemos ver o LTC acima de 100 dólares (durante a redação desse texto a moeda é negociada por US$ 42.66 ).
- Veja também: Litecoin pode acabar falhando como a prata digital
Hashrate e o pós-halving da Litecoin
Chegando o dia do halving, a moeda conseguiu uma leve alta de 6%, chegando ao topo em US$ 107. Contudo, menos de 30 dias depois, no dia 29 de agosto, o LTC já havia perdido mais de 40% de seu valor atingido no topo do dia 5.
A situação ficou ainda pior, já que o hashrate da Litecoin não parava de cair após o halving. Falamos disso no dia 3 de dezembro (você pode ler o texto na íntegra clicando aqui), data em que o hashrate da Litecoin já havia caído 70%.
Embora o halving não fosse o único responsável pela queda no hashrate (a baixa lucratividade da mineração em decorrência da desvalorização da moeda fez com que os mineradores migrassem para outros ativos mais rentáveis), ele colaborou para a diminuição no poder de processamento da rede.
“Mas e como estamos hoje?” Você pode estar se perguntando. Infelizmente, nada bem.
Passados 8 meses desde o halving, a Litecoin segue com hashrate bastante reduzido. No dia do evento o LTC possuía um poder de processamento total de 457.6617 TH/s. Em 12 de dezembro esse valor já era de 129.9725 TH/s.
Gráfico por: coinwarz
Como pode ser visto no gráfico acima, o hashrate da Litecoin não conseguiu se recuperar após o halving, e pior, sofreu uma forte queda a partir do dia 10 de março, com a intensificação da crise do coronavírus. A moeda vai mal, com baixo valor de negociação, e o hashrate segue um caminho semelhante.
Infelizmente o futuro da Litecoin pode não ser tão brilhante quanto a prata.
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