Obras de artes são vendidas a US$318 milhões e registradas em uma blockchain
Tecnologia blockchain galga outro importante passo
Um novo marco na adoção da tecnologia blockchain foi atingido, com obras de arte de altíssimo valor sendo vendidas por meio de uma blockchain.
No dia 13 de novembro, a venda da coleção de Barney A. Ebsworth na casa de leilões Christie’s, em Nova York, angariou um total de US$317,8 milhões, sendo o leilão de arte mais valioso registrado em uma blockchain. Em um comunicado sobre o leilão, a Christie’s revelou que o evento foi realizado em parceria com a provedora de tecnologia focada no ramo de arte, Artory, utilizando seu blockchain permissionário para registrar as informações do leilão.
Recorde de venda
Em uma noite que quebrou vários recordes, pelo menos treze novos recordes foram criados, com a obra Chop Suey (não é a música do System of a Down) de Edward Hopper sendo vendida por US$91,875 milhões. O leilão reuniu participantes de 23 países, que deram lances pela coleção do famoso curador Barney A. Ebsworth, que tem trabalhos de artistas famosos como Jackson Pollock, William de Kooning, Charles Demuth e Georgia O’Keeffee.
No total, 42 peças de arte foram leiloadas, com a implementação privada da blockchain Ethereum da Artory registrando os detalhes das vendas. A blockchain permissionária, conhecida como The Registry, registra todas as informações significativas na vida de uma obra de arte, como vendas, valores finais, datas de leilão, títulos, restaurações e roubos. A única informação não armazenada é a identidade dos detentores da obra, garantindo a privacidade dos colecionadores e investidores.
Com este recurso, todos os compradores em potencial têm um registro digital imutável e seguro da história da obra, garantindo que eles não percam dinheiro adquirindo falsificações. Toda vez que uma obra de arte é vendida, um certificado digital é gerado, melhorando a confiança dos compradores e ajudando a Christie’s à garantir que apenas trabalhos originais são leiloados em seus eventos.
A Christie’s anunciou em outubro sua parceria com a Artory para registrar suas vendas de obras de arte e aumentar a transparência das obras em seus leilões. De acordo com informações reveladas à época, a venda da coleção de Barney A. Ebsworth, cuja expectativa de angariação estava em torno de US$300 milhões, é a primeira implementação da parceria, uma vez que a casa de leilões de 252 anos parece estar querendo acompanhar sua impressionante performance de 2018, que só no primeiro semestre gerou US$4,04 bilhões.
Na quinta-feira, uma nova leva de 49 obras de arte da coleção de Barney A. Ebsworth – descrita como a mais importante coleção privada do século 20 da história da arte americana – irá a leilão, com a blockchain da Artory prevista para ser utilizada novamente.
Fonte: CCN