OMS suspende estudos com hidroxicloroquina no combate a COVID-19
A OMS interrompeu temporariamente os testes do controverso tratamento de COVID-19, citando preocupações de segurança descritas em um estudo realizado em seis continentes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu temporariamente os testes do controverso medicamento, hidroxicloroquina, como um potencial tratamento para o coronavírus para analisar as crescentes preocupações de segurança, disse o diretor-geral da agência, Adhanom Ghebreyesu, nos comentários de abertura de um briefing nessa segunda-feira (25).
OMS suspende estudos com hidroxicloroquina como tratamento de COVID-19
Essa decisão veio logo após a publicação de uma revisão sobre os efeitos da hidroxicloroquina na revista The Lancet, que constatou que os pacientes com COVID-19 que usavam a droga tinham maior probabilidade de perecer ou desenvolver arritmia cardíaca, o que aumenta as chances de o paciente ter parada cardíaca – em contraste com pacientes com coronavírus que não fizeram nada para tratar sua doença.
O estudo da revista científica examinou 96.000 pacientes hospitalizados confirmados infectados com o coronavírus em seis continentes. Esta foi a análise mais extensa de registros médicos sobre o medicamento até o momento, que ocorreu entre 20 de dezembro de 2019 e 14 de abril de 2020, relata Axios.
O diretor-geral da OMS, Dr. Tedros, disse sobre a decisão de que um painel executivo independente “concordou em revisar uma análise abrangente e uma avaliação crítica de todas as evidências disponíveis globalmente” na hidroxicloroquina para considerar se o medicamento deve continuar sendo usado no Estudo de Solidariedade da OMS, um esforço mundial para testar novos tratamentos experimentais para a doença de coronavírus.
“O Grupo implementou uma pausa temporária da hidroxicloroquina no projeto Solidariedade, enquanto os dados são revisados pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados. Essa preocupação está relacionada ao uso de hidroxicloroquina e cloroquina no combate a COVID-19. Desejo reiterar que esses medicamentos são aceitos geralmente como seguros para uso em pacientes com doenças autoimunes ou malária “, disse o Dr. Tedros.
Essa nova medida da OMS contrasta com a opinião do presidente dos EUA e do Brasil. Trump, que elogiou a droga como “revolucionária”, na semana passada admitiu que a estava tomando como medida preventiva contra o coronavírus, depois de ter consultado o médico da Casa Branca. No Brasil foram tomadas medidas para ampla fabricação do remédio e administração do mesmo em pacientes com sintomas leves.
Fonte: interestingengineering
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