Operação da Polícia Federal investiga 06 exchanges

Polícia Federal

Operação da Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em exchanges brasileiras

A Polícia Federal, juntamente com a Receita Federal, realizaram a operação denominada Colossus, tendo o objetivo de desmantelar organizações criminosas que envolve criptomoedas e lavagem de dinheiro.

Segundo o levantamento realizado, cerca de R$ 2 bilhões, foram lavados por meio de plataformas de criptomoedas, a organização criminosa utilizou empresas de fachada e informações de pessoas físicas.

Conforme alegação efetuada pela polícia, os fundos utilizados eram de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro contra o sistema financeiro nacional.

A operação envolveu 158 agentes, sendo 130 policiais federais e 28 servidores da Receita Federal, sendo expedidos 2 mandados de prisão preventiva e 37 de busca e apreensão, dessas 37, vinte e dois são contra pessoas físicas e quinze contra empresas (06 exchanges que não tiveram os nomes revelados, 04 instituições financeiras que possuem licenças emitidas pelo Banco Central para operar no mercado de câmbio, além de três firmas de contabilidade). Os estados que tiveram envolvimento com o caso foram: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

Houve também uma determinação de bloqueio de bens e valores dos investigados, um total de R$ 1.247.770.199,05. A justiça determinou, a apreensão de ativos digitais que estão espalhados em 28 exchanges que atuam no Brasil e no Exterior.

Por dentro da operação

Por envolver criptomoedas, gerou uma complexidade na operação, onde os investigadores tiveram que separar as investigações em grupos que foram:

1 – Os Arbitradores

Eram responsáveis pela compra de quantidades excessivas de criptomoedas no exterior, envolvendo os Estados Unidos, Cingapura e Hong Kong, transferidos para as exchanges brasileiras e finalmente trocadas pela moeda fiduciária.

2 – As Exchanges / Casa de Câmbio

O dinheiro ilegal, era convertido em dólares nas casas de câmbio e enviado para exchanges no exterior, onde era efetuado a compra de cripto ativos.

As exchanges brasileiras eram utilizadas na execução da revenda dos ativos, que eram destinados a pessoas físicas e jurídicas (as empresas de fachada), sendo transferidos para as contas bancárias, onde poderiam efetuar os saques em moeda fiduciária.

3 – As empresas de fachada

Eram responsáveis pela compra dos ativos utilizando exchanges para lavar o dinheiro. O que chamou a atenção da Polícia Federal, foi que, entre os “envolvidos”: haviam pessoas mortas, beneficiários de programas assistenciais, idosos com mais de 90 anos, doleiros, contrabandistas e comerciantes de bairros de comércio popular, como Brás e 25 de março, localizados em São Paulo.

Conforme divulgado polo meio de comunicação Metrópoles, os investigados apontaram que a organização criminosa chegou a movimentar cerca de R$ 61 bilhões no sistema bancário formal. Segundo os investigadores, está quantidade só foi possível porquê várias instituições financeiras envolvidas apresentaram falhas nos sistemas de compliance.

Foto de Washington Leite
Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future