Percentual de usuários cripto na Nigéria é o maior do mundo
Cerca de metade do público adulto do país africano está ativamente envolvido em operações com ativos digitais.
Cripto é mais que pop na Nigéria
De acordo com relatório emitido pela Morning Consult, 56% dos usuários adultos nigerianos trabalham ativamente com criptomoedas e demais ativos digitais. Percentualmente, esse é o maior número registrado até hoje.
O estudo é baseado em pesquisas realizadas com amostras representativas de usuários cripto. Mesmo países desenvolvidos ficaram muito atrás da Nigéria em termos percentuais.
Apesar do forte movimento de baixa e da alta volatilidade dos ativos digitais, o país mostra grande confiança no mercado descentralizado. Mais da metade do público adulto negocia criptomoedas pelo menos uma vez por mês.
Algo digno de nota é o tamanho da população do país: segundo dados do The World Bank, a Nigéria possui algo em torno de 211 milhões de habitantes. Cerca de 73 milhões de pessoas têm entre 25 e 69 anos, o que representa uma fatia bastante considerável da população.
Como está a situação econômica da Nigéria?
A Nigéria é o segundo país mais industrializado da África e conseguiu quadruplicar seu crescimento ao longo da última década. Porém, seu cenário macroeconômico é marcado por vários escândalos de corrupção e péssima gestão pública.
Por mais de 100 anos, o país sofreu por conta dos efeitos da colonização inglesa. Seu solo é extremamente rico em recursos estratégicos, como minério de ferro, estanho, carvão, zinco, nióbio, calcário, chumbo, petróleo e produtos agrícolas diversos.
Atualmente, a economia da Nigéria é sustentada em grande medida pela exploração de petróleo, segundo o 11º maior produtor do mundo.
Devido aos graves problemas de origem socioeconômica, a Nigéria passou a adotar as criptomoedas como uma alternativa à Naira, moeda fiduciária do país. Segundo o portal Ripples Nigeria, o ativo estatal foi o quarto pior em performance no continente africano.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.