Perdas com fraudes no mercado de criptomoedas podem superar US $ 1,2 bilhão no trimestre
O número é trazido por levantamento da startup CipherTrace, de análise de blockchain. São indícios da importância de discutr marcos regulatórios.
Tem sido crescente a preocupação do mercado de criptoativos com as temáticas da segurança aos usuários e do estabelecimento de marcos regulatórios para o setor. E as novidades do segmento vem provando que as discussões se justificam. Recentemente, o Webitcoin divulgou a suspeita de que uma invasão a contas da plataforma Outlook, já confirmada pela Microsoft, teria o objetivo de roubar criptomoedas de usuários.
É uma noticia que vem na esteira de outro dado que movimentou o Twitter durante o feriado de 1º de maio. O tweet de um usuário nominado Whale Alert relatou a transferência de 40 mil Bitcoins, que ultrapassa o valor de US $ 213 milhões, entre duas carteiras desconhecidas.
De acordo com a mesma postagem, o endereço de origem era ocupante da posição 22 na lista de carteiras mais valiosas do Bitcoin. A conta acumulava o saldo desde o começo de janeiro de 2018 e agora estaria zerada, levando a de destino para a mesma posição no ranking.
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Relatório indica perdas de 2019
Os impactos de fraudes e operações suspeitas estão numericamente dimensionados em recente relatório divulgado pela empresa CipherTrace, especializada na análise de blockchain. De acordo com astartup, as perdas decorrentes de invasões e fraudes que afetaram usuários de criptomoedas durante o primeiro trimestre de 2019 podem ter chegado ao valor global de US $ 1,2 bilhão. O dado inclui o suposto sumiço de 850 milhões de dólares da Bitfinex, outro evento recente que sacudiu o mercado e também foi noticiado por aqui.
Conforme a CipherTrace, os dados iniciais do ano já significam 71 por cento do prejuízo de US $ 1,7 bilhões apurado em todo o ano de 2018. Na visão da startup o número reforça a importância de haver mais clareza nas regras, por exemplo, de operações transacionais envolvendo BTC.
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.