Pesquisa aponta detalhe que pode causar a rejeição da criptomoeda do Facebook
Moeda do Facebook poderá enfrentar problemas de adoção
Desde o ano passado, quando surgiram boatos posteriormente confirmados que o Facebook estaria desenvolvendo uma criptomoeda, o mercado ficou ansioso com a visibilidade que tal ativo poderia trazer para a indústria.
Com lançamento supostamente marcado para o primeiro trimestre de 2020, o ativo é internamente chamado de GlobalCoin, e aparentemente está sendo desenvolvido para promover formas seguras e acessíveis de efetuar pagamentos.
Apesar de ser muito aguardada pelo mercado, uma pesquisa publicada pela Diar aponta que a criptomoeda poderá sofrer certa rejeição dos usuários do Facebook graças a um pequeno detalhe: a idade.
De acordo com levantamentos, menos de 5% dos dois bilhões de usuários da plataforma são adolescentes, e mais de 55% dos acessos são realizados por indivíduos acima de 35 anos, incluindo idosos.
O relatório afirma que a maioria dos adolescentes que utilizam a rede social não possuem poder aquisitivo para a compra de ativos digitais.
“Os adolescentes de baixa renda tem muito mais probabilidade do que os das famílias de renda mais alta de dizer que o Facebook é a plataforma online que eles usam com mais frequência”, dizia um relatório do Pew Research, acrescentando que a pequena base de usuários jovens que provavelmente estarão a par dos desenvolvimentos tecnológicos atuais possuem fraco poder aquisitivo.
Quanto aos idosos, que representam uma porcentagem de acessos que cresceu de forma alavancada nos últimos anos, possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre o mercado, diminuindo drasticamente as chances de uso.
A pesquisa aponta que o Facebook provavelmente irá abordar o maior número possível de moedas fiduciárias, visto que apenas 10% dos usuários reside nos EUA. Outra estratégia apontada afirma que a empresa poderá focar em países cuja infraestrutura financeira está em falta, citando como exemplo a Índia, país que registrou o maior número de usuários da plataforma. Anteriormente o Facebook aproveitou a margem de acessos no país para integrar o Whatsapp Payment, serviço que permite transferências de dinheiro entre os usuários.
Apesar da expectativa não tão otimista, há quem aponte que as perspectivas de uso da criptomoeda sejam grandes.
Anteriormente o WeBitcoin noticiou que David G.W Birch, especialista em tecnologia financeira global, afirmou o ativo será muito utilizado, visto que é muito mais prático enviar capital clicando em um botão nas redes sociais, do que recorrendo ao serviço de um banco.
Um estudo realizado pela LendEDU, plataforma virtual de serviços financeiros, apontou que mesmo os americanos que ainda não possuem aproximação com o cenário de produtos financeiros digitais estão ansiosos pelo lançamento da moeda.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.