Pesquisa indica que EOS não é uma blockchain

EOS não possui imutabilidade

Uma pesquisa comissionada pela ConsenSys, e conduzida pela companhia de testes de blockchain, Whiteblock, constatou que a quinta maior criptomoeda do mundo, EOS, não é uma blockchain, mas um serviço em nuvem.

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A companhia afirmou:

“EOS é fundamentalmente semelhante a uma arquitetura computacional de nuvem centralizada, sem os componentes fundamentais de uma blockchain ou rede peer-to-peer.”

Os testes foram realizados em configurações laboratoriais e executaram uma réplica da plataforma, concluindo que ela é um serviço em nuvem para computação. Eles chegaram ao resultado avaliando que a plataforma é construída inteiramente sobre uma premissa centralizada, e que ela não possui o aspecto mais básico de uma blockchain, a imutabilidade.

Os testes conduzidos pela Whiteblock começaram em setembro, e duraram dois meses.

Segundo um post do NextWeb, o documento declarou:

“Por meio do teste prático e experimentos em um ambiente laboratorial controlado, essa pesquisa fornece um modelo direto e objetivo do design, performance e modelo econômico da EOS, a fim de apresentar uma referência para a comunidade blockchain.”

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O documento também apontou como as transações da EOS não são criptograficamente validadas, e não há nada para impedir que os produtores de bloco entrem em conluio, o que os permitiria manterem suas posições. A EOS se difere do Bitcoin e do Ethereum de várias formas, especialmente em decidir quem valida blocos e tira recompensas disso.

O proof of stake delegado é um processo de votação complicado utilizado pela plataforma, para decidir quem deve processar os blocos de transação, diferente do proof of work que diversas blockchains utilizam para contribuir com a rede. Durante o processo de votação, cada EOS equivale a um voto, o que essencialmente significa que a pessoa com mais EOS terá um impacto maior no processo.

É relatado ainda que a plataforma falha em consenso, sem nenhuma Byzantine Fault Tolerance (BFT), permitindo que a rede seja controlada por pessoas que estão em conluio. Também foi concluído que, para a rede implementar BFT, o sistema não deve permitir que haja conluio.

A pesquisa também revelou que a EOS processa menos transações do que ela alegou durante sua fase de divulgação. Acrescentou-se que, com as configurações otimizadas, as transações nunca excedem 250 por segundo, e que sua taxa de transferência máxima é 4000 TPS.

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Fonte: AMBCrypto