Plataforma da InDeal é retirada do ar por ordem da justiça

Site da InDeal sai do ar e clientes ficam apreensivos

Na última quarta-feira (29) a plataforma online da InDeal, empresa gaúcha que está sendo investigada pela Polícia Federal, foi retirada do ar por ordem da justiça.

A atitude deixou diversos investidores apreensivos com o andar da investigação, que na semana passada acarretou em 10 mandados de prisão preventiva e 25 de busca e apreensão.

Apesar de toda a comoção, a InDeal afirma que os investidores não serão lesados pela situação.

De acordo com um comunicado oficial realizado na última terça-feira (28), a empresa irá quitar as solicitações de saque realizadas anteriormente em até 90 dias, acrescentando que no mesmo dia foi iniciada uma nova etapa que aparentemente irá ressarcir totalmente os investidores em até 120 dias, visando honrar todos os contratos. A empresa destaca que “todos os clientes serão ressarcidos de seus aportes, com os devidos ganhos de capital até o momento do saque”.

Um anúncio realizado no dia 23/05 por Anderson Ventura, irmão do sócio Ângelo Ventura da Silva, pontua que os consultores deveriam auxiliar seus clientes a criar uma carteira de Bitcoin, a qual deveria ser colocada no painel da InDeal para que os devidos pagamentos fossem realizados.

Com a paralisação do site, a empresa agora solicita que os investidores enviem a hash da carteira e um print do endereço para comprovação, reafirmando que todos os clientes serão ressarcidos no prazo estipulado no comunicado oficial, que afirmava ainda que não há (ou pelo menos havia no momento de sua publicação) provas factuais sobre contra a empresa, sendo que “as evidências circunstanciais são noticiadas de forma distorcida”.

Como noticiado pelo WeBitcoin, segundo Alexandre Isbarrola, superintendente regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, o principal motivo das prisões e apreensões realizadas na última semana reside no fato de que a empresa supostamente não possuía permissão legal para a captação de dinheiro de terceiros.

O comunicado oficial acrescenta ainda que os clientes que optarem por reaver seus aportes judicialmente devem aguardar o fim do processo para o recebimento, o que, de acordo com a empresa, pode demorar muito mais do que o prazo de 120 dias, “além de gerar honorários com profissionais”.

Ademais, a empresa afirma que o departamento comercial irá entrar em contato com todos os clientes individualmente para “direcionar todas as informações necessárias”.

Foto de Beatriz Orlandeli
Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.