Caso a emenda seja aprovada, todas as plataformas cripto em operação no país terão de arcar com mais uma burocracia

Hervé Maurey, membro da comissão de finanças do senado francês, propôs uma emenda para derrubar uma cláusula que beneficia diretamente as empresas cripto: a de poderem operar sem uma licença plena até 2026.

Caso o texto seja aprovado, todas as 50 companhias cripto em operação na França terão de solicitar uma licença da Autorité des Marchés Financiers (AMF), ou “Autoridade de Mercados Financeiros”, em tradução livre.

Thierry Philipponnat, ex-membro da AMF, disse que o grau de proteção ao investidor é “muito baixo, se não inexistente” dentro da legislação atual.

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O texto foi adotado pelo senado no dia 13 de dezembro e deverá ser apreciado ao longo de janeiro de 2023. As reações adversas à proposta do senador não tardaram a aparecer: a Developing the French Digital Asset Industry (Adan), associação local da indústria, comentou que a emenda é uma forma de “abandonar a indústria do futuro”.

Emmanuel Macron, presidente francês, sempre se mostrou favorável ao crescimento das startups blockchain. Para tanto, criou uma política interna sobre tokens não fungíveis (NFTs) e levantou a ideia de criar um “metaverso europeu”.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.