Polícia Federal faz operação contra GBB, acusado de desviar R$ 1,5 bilhão

Polícia Federal faz operação contra Grupo Bitcoin Banco (GBB).

O grupo de empresas do setor cripto conhecido como  Grupo Bitcoin Banco (GBB), com sede em Curitiba, foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã dessa segunda-feira (5). O grupo é acusado de desviar mais de R$ 1,5 bilhão em negociações que envolvem criptomoedas.

Segundo informações da PF, 22 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos e mais cinco mandados de prisão, sendo um mandado de prisão preventiva e quatro de prisão temporária.  Além disso, houve a decretação judicial de sequestro de imóveis e bloqueio de valores.

De acordo com a PF, a operação investiga crimes de  lavagem de capitais, estelionato, organização criminosa, além de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional.

Embora a PF não confirme, a operação traz como alvo o GBB, que fraudou e desviou dinheiro de milhares de clientes desde 2019.

Segundo especulações um dos mandados de prisão teria como alvo Cláudio Oliveira, presidente do GBB. Entretanto, até o momento, a PF ainda não confirmou essa informação.

Investigação do GBB

As investigações começaram em 2019, após o grupo registrar um boletim de ocorrência afirmando que havia sido vítima de um ataque cibernético. À época, os valores de todos os credores foram bloqueados pela empresa, que controla três corretoras.

Com o andamento da investigação a Polícia Civil e o MP do Paraná desconfiaram do suposto ataque sofrido pela empresa e que o grupo poderia estar cometendo estelionato.

O GBB não cooperou com as investigações na época, recusando o fornecimento de informações e documentos para o desfecho da apuração, ao passo em que prometiam aos clientes lesados o ressarcimento, de maneira parcelada, da integralidade dos valores depositados.

No entanto, ainda em 2019, o grupo conseguiu um decisão favorável junto a SEC, que permitia que empresa decretasse falência e pedisse uma recuperação judicial. No ano de 2020 foi averiguado que a empresa não estava cumprindo as exigências falimentares e seguia oferecendo investimentos para pessoas interessadas.

Sem autorização da CVM, o caso foi levado a Justiça Federal, que repassou as investigações para a PF.

As novas investigações da PF mostraram que o líder do grupo, Cláudio Oliveira, desviava os valores dos clientes para benefício próprio.

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Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.