A polícia da Coreia do Sul começa apreender criptomoedas de contribuintes que não quitam suas multas junto ao estado

A polícia sul-coreana recebeu novos poderes experimentais, que permitem apreender criptomoedas de pessoas que se recusam a pagar multas — e já receberam fichas de um cidadão que não pagou uma multa de trânsito.

Segundo o Joongboo Ilbo, a Agência Nacional de Polícia está executando um projeto-piloto de “apreensão de cripto ativos” na sede da polícia da cidade de Gunpo, na província de Gyeonggi. Como parte do projeto, as autoridades foram instruídos a investigar se indivíduos com multas pendentes possuem tokens em exchanges de criptomoedas.

Se os policiais descobrirem que esse é o caso, eles poderão congelar carteiras e obterem mandados que lhes permitam apreender moedas.

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Se o projeto-piloto for bem-sucedido, poderá abrir as portas para uma possível implantação nacional em delegacias de polícia em todo o país.

Um indivíduo já viu suas carteiras de criptomoedas serem congeladas como resultado do piloto. O meio de comunicação da polícia sul-coreana informou que os policiais descobriram que um indivíduo, situado na cidade, tinha mais de US$ 38.000 em criptomoedas em carteiras de câmbio — mas não pagou multas de trânsito no valor de US$ 2.000.

As autoridades passaram a “apreender e recolher” tokens das carteiras — embora não tenham revelado se liquidaram a quantia: eles podem optar por leiloar as moedas apreendidas — ou talvez HODL elas!

Casos no passado

No passado, as autoridades sul-coreanos haviam comunicado que iriam apertar o cerco contra usuários de criptomoedas: eles iriam rastrear operações que envolvessem criptos ativos e iriam cruzar com dados para ver se o individuo teria sonegado imposto sobre os ganhos com as criptomoedas, caso isto fosse confirmado os indivíduos envolvidos seriam presos.

Na Argentina também foi imposta uma lei que permite que o estado confisque as hot wallets de Inadimplentes de impostos.

Carteiras digitais pertencentes a contribuintes na Argentina foram apreendidas pelo fisco. Até a data da publicação do artigo, em 2 de julho deste ano, um total de 1.269 carteiras baseadas em criptomoedas pertencentes a indivíduos que devem dinheiro à AFIP da Argentina (que mantém as regras fiscais e alfandegárias do país) foram apreendidas pelos tribunais.