Polícia vai atrás de exchanges em busca de informações sobre hackers que invadiram o celular de Sérgio Moro
Responsáveis pelo vazamento de dados de Sérgio Moro são investigados por possível envolvimento com criptomoedas
De acordo com O Antagonista, o juiz Vallisney de Souza Oliveira determinou que três exchanges devem fornecer informações sobre a possível existência de carteiras de investimento em criptomoedas pertencentes aos quatro suspeitos de hackear o celular de Sérgio Moro, atual Ministro da Justiça.
Aparentemente, o Mercado Bitcoin, a Foxbit e a Braziliex devem informar à Polícia Federal e ao Ministério Público sobre possíveis saldos e movimentações de compra e venda realizados desde 1º de janeiro do ano passado.
A comoção foi gerada após a polícia encontrar R$100 mil em dinheiro na casa do suspeito Gustavo Henrique Elias Santos. De acordo com seu advogado, a origem da quantia pode ser comprovada pois Gustavo aparentemente operou na compra e venda de Bitcoin.
“O Gustavo é DJ e, segundo ele, estava operando compra e venda de Bitcoin. Ele inclusive me autorizou a dizer isso por que tenho como comprovar a origem do dinheiro”, disse o advogado.
Santos afirmou ainda não estar diretamente envolvido com o hack, tendo apenas visto as mensagens interceptadas no celular de Walter Delgatti Neto, outro suspeito.
“Ele me disse que o Walter apresentou para ele para se vangloriar, mostrar que tinha um certo acesso. Não comentou como foi obtido”, declarou o advogado.
O caso teve início após o Intercept publicar supostas conversas entre procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro, conteúdo extraído do Telegram por meio da invasão dos dispositivos de Moro, um desembargador, um juiz federal e dois delegados da Polícia Federal.
Como noticiado anteriormente pelo WeBitcoin, a divulgação também gerou implicações para Glenn Greenwald, jornalista do Intercept e marido do Deputado David Miranda, do PSOL.
Após a publicação, Miranda aparentemente passou a receber emails de caráter ofensivo contendo ameaças de morte, onde o remetente intimidou não só o deputado, mas também seus parentes. O casal informou ainda que foi exigida a quantia de US$10.000 em Bitcoin para garantir a segurança da família.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.