Político amigável às criptomoedas se torna presidente da Suíça
Após servir como ministro das finanças de uma das nações economicamente mais influentes do mundo durante os últimos 3 anos, Ueli Maurer começou seu mandato como presidente da Confederação Suíça. Tendo em vista seu histórico e visões liberais sobre regulamentação do ramo fintech, a eleição de Maurer é considerada um desenvolvimento para a cripto indústria suíça.
Papel simbólico com voto decisivo
Ulrich “Ueli” Maurer é um dos sete membros do Conselho Federal Suíço. O órgão que detém o poder executivo do país é liderado por um presidente, cujo cargo é ocupado por revesamento entre os membros. A posição é cerimonial e simbólica, contudo, o presidente tem um importante papel – seu voto pode impactar quando o conselho está dividido sobre importantes decisões. No dia 5 de dezembro, Maurer foi eleito pelo parlamento suíço para um mandato de um ano em 2019, com o apoio de 201 de 209 membros.
O contador de 68 anos é reconhecido pelas suas políticas como chefe do Departamento Federal de Finanças, controlando o orçamento público, relatou o Swissinfo. Também demonstrou a capacidade de entender as mudanças que estão ocorrendo no setor financeiro, além da necessidade de adotar regulamentações liberais para a indústria em torno das tecnologias blockchain e criptomoedas. A digitalização está entre as maiores prioridades do presidente.
Durante os últimos anos, a Suíça gradativamente se tornou uma das jurisdições mais amigáveis às criptomoedas da Europa e no cenário global. No mês passado, o governo suíço anunciou uma estratégia compreensiva, reconhecendo tecnologias de registros distribuídos como um desenvolvimento importante para o setor financeiro, com o objetivo de construir uma fundação legal para implementação.
O documento pede a adoção de emendas à legislação vigente, algo que melhorará o status da Suíça como nação amigável às criptos. Dentre outras propostas, a estratégia foca na integração de moedas digitais descentralizadas na infraestrutura econômica e financeira do país. Essa é uma ênfase que centenas de startups localizadas no “Cripto Vale” suíço, Zug, certamente gostariam.
A relutância das instituições financeiras tradicionais em fornecer serviços bancários regulares a estes negócios tem sido uma grande barreira para o desenvolvimento dos mesmos. No ano passado, oficiais locais de Zug e representantes do governo federal expressaram suas preocupações acerca da não solução da emissão, algo que poderia fazer com que estas companhias mudassem para outras jurisdições com condições mais favoráveis. Estas jurisdições têm crescido na Europa, incluindo Malta, Gibraltar e Estônia.
Ativos digitais agregam potencial aos serviços financeiros
Ueli Maurer está entre os políticos que enxergam a ameaça contra a liderança da Suíça na cripto esfera. Em maio, ele convidou representantes do órgão regulador financeiro da Suíça, Finma, o Banco Nacional da Suíça e a Associação de Bancários da Suíça (SBA) para uma discussão sobre a matéria.
Após a reunião, a SBA formou um grupo de trabalho para resolver o problema. Sua tarefa era criar diversos procedimentos a serem seguidos pelos bancos ao abrirem contas para entidades transacionando com criptomoedas. Alguns bancos suíços, desde então, começaram a aceitar clientes do cripto setor.
O novo presidente tem estado ativo no cenário internacional. Durante o encontro dos ministros das finanças do G20 em julho, realizado em Buenos Aires, Maurer compartilhou a posição de seu país sobre criptomoedas, enfatizando que ativos digitais e tecnologias de registros distribuídos agregam potencial a serviços financeiros. No encontro, a Suíça também insistiu em uma aproximação uniforme internacional, a fim de prevenir a taxação dupla na economia digital.
Fonte: Bitcoin.com