Por que o Ethereum (ETH) pode ser o maior vencedor do aumento da liquidez global?

Com as reservas em queda de 25% e o índice Coinbase Premium voltando a ficar positivo, o ETH pode estar se preparando para seu maior rali até agora

O Bitcoin atingiu um recorde histórico nesta semana, mas o Ethereum também está passando por uma forte recuperação. Na verdade, a altcoin pode estar se posicionando silenciosamente para uma alta significativa, à medida que a liquidez global continua a se expandir, segundo uma nova análise de mercado.

A oferta monetária M2 dos Estados Unidos — uma importante medida de liquidez — subiu para um recorde de US$ 22,2 trilhões, após entrar em uma nova fase de expansão nos últimos três anos.

O caminho do Ethereum até US$ 10 mil?

Em sua análise mais recente, a CryptoQuant explicou que o Bitcoin já refletiu esse aumento, tendo valorizado mais de 130% desde 2022 e mostrado uma correlação incomum de cerca de 0,9 com a M2. O Ethereum, por outro lado, subiu apenas 15% no mesmo período, o que está sendo descrito como um “atraso de liquidez”.

Apesar disso, dados on-chain indicam que essa diferença pode estar diminuindo. As reservas de ETH nas exchanges caíram para cerca de 16,1 milhões de unidades — uma queda de mais de 25% desde 2022 —, representando uma forte redução na pressão de venda. Fluxos líquidos consistentemente negativos indicam que investidores estão movendo seus ethers para carteiras próprias ou contratos de staking, o que também aponta para uma oferta mais restrita.

Enquanto isso, o índice Coinbase Premium voltou ao território positivo, refletindo o renovado interesse de instituições norte-americanas. A CryptoQuant observou que condições semelhantes em 2020 e 2021 antecederam grandes altas no preço do Ethereum.

Casos anteriores mostram que o Ethereum tende a ficar atrás do Bitcoin nas fases iniciais de ciclos de afrouxamento monetário, mas, quando a dominância do BTC cai abaixo de 60%, o capital costuma migrar para as altcoins — impulsionando o índice ETH/BTC. Essa tendência parece estar ressurgindo, sugerindo que 2025 pode marcar uma transição de ralis liderados pelo Bitcoin para uma participação mais ampla das altcoins.

Assim, o Ethereum pode se realinhar ao crescimento da M2, avançando para valorizações mais altas se a expansão da liquidez global e a redução estrutural das reservas em exchanges continuarem. Nesse cenário, a meta de US$ 10 mil para o ETH não seria resultado de especulação excessiva, mas sim uma consequência natural da rotação de liquidez dentro do mercado cripto.

Rali explosivo se romper US$ 5.200

A visão de longo prazo está alinhada à perspectiva recentemente compartilhada por Joao Wedson, fundador da Alphractal, que afirmou que uma quebra imediata acima do nível crucial de US$ 5.200 poderia desencadear um dos ralis mais rápidos da história do ativo.

Os fluxos institucionais já estão alimentando a confiança, com os ETFs à vista de Ethereum comprando quase US$ 1,3 bilhão em ETH. A BlackRock liderou as compras, respondendo por mais da metade do total, com US$ 691,7 milhões em aquisições.

O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.