Com o pleito cada vez mais próximo, usuários cripto deveriam saber o que seus potenciais candidatos pensam sobre moedas digitais.

Resultados imprevisíveis

Segundo pesquisa eleitoral executada pela Quaest, Lula (PT) e Bolsonaro (PL) encontram-se dentro da margem de erro em relação à pesquisa passada. Tais dados certamente acaloraram o debate público, que não sabe o que esperar dos próximos meses.

Com isso, uma pergunta paira no ar: qual a visão dos principais candidatos à presidência com relação às criptomoedas? Conheça-as:

Lula (PT)

O candidato do PT continua bastante silencioso durante os últimos meses. Sua participação em debates, inclusive, requer que várias exigências sejam cumpridas – assim como seu principal rival, Jair Bolsonaro (PL).

Por outro lado, propôs a criação de uma moeda única na América Latina. Seu principal objetivo, conforme dito durante Congresso Eleitoral do PSOL, é acabar com a dependência do dólar americano.

Bolsonaro (PL)

O candidato à reeleição fez pouquíssimos comentários a respeito das criptomoedas. Em sua primeira fala sobre ativos digitais, confundiu o Bitcoin com um projeto de criptomoeda sugerido pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

A Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, @DamaresAlves cancelou envio de cerca de R$42 mi para compra de bitcoins para uso da FUNAI (índios) e a UFF. Agora, outra “estranheza” na #ComissãoDaAnistia: compra de HD por R$7milhões. #CaixaPretadaAnistia

— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 26, 2019

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Trata-se do mesmo erro crasso cometido por seu filho, Carlos, que disse que a ministra Damares Alves, à época, havia cancelado a compra de R$ 42 milhões em Bitcoin.

Bolsonaro afirmou que “99% dos brasileiros não conhecem Bitcoin”, usando a si como exemplo. Tanto ele como seu principal rival parecem desconhecer profundamente sobre o mercado.

Ciro Gomes (PDT)

O getulista, em debate com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), descarta a possibilidade de o Bitcoin ser utilizado como moeda de curso legal.

De acordo com o candidato, a criptomoeda é “uma moeda que não tem uma autoridade que dê a ela curso forçado ou que dê a ela lastro como reserva de valor. Um belo dia, pode virar uma pirâmide”, segundo informações do Portal do Bitcoin.

Porém, admitiu a possibilidade de que sua visão esteja equivocada.

Conclusão

O Brasil tem dois candidatos que desconhecem profundamente sobre o tema, enquanto outro, a princípio, mostrou-se pessimista em relação à adoção enquanto ativo financeiro.

Apesar de os três principais nomes trazerem insegurança aos usuários de criptomoedas, o governo federal continua na saga pela regulamentação. A votação, inclusive, foi adiada para o ano que vem por conta do pleito.