Primeiro-ministro da “Ilha do Blockchain” defende importância das criptomoedas junto à ONU

O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, afirmou que criptomoedas são “o futuro inevitável do dinheiro”, e que o blockchain pode galvanizar uma sociedade mais transparente e igualitária. Muscat fez suas afirmações durante um discurso direcionado ao debate geral da 73ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, no dia 27 de setembro.

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Muscat falou sobre o impacto transformativo e político de tecnologias inovadoras, afirmando que aqueles que parearem novas economias digitais com um novo estado – um estado digital, estarão mais preparados para criar uma sociedade “à prova de futuro”.

“O blockchain torna criptomoedas no inevitável futuro do dinheiro, sendo ele mais transparente, tendo em vista que ele ajuda a filtrar bons negócios e maus negócios. Porém, essas tecnologias de registros distribuídos podem fazer mais.”

O primeiro-ministro argumentou que tecnologias de registros distribuídos (DLT) – das quais o blockchain faz parte – transformarão uma gama de sistemas políticos, civis e corporativos. O potencial destas tecnologias para resolver problemas que duram décadas foi o impulso que Malta precisava para se lançar como a “Ilha do Blockchain“, disse seu primeiro-ministro, alegando que a ilha foi a primeira jurisdição do mundo a regulamentar a tecnologia, tirando-a de um vácuo legal.

Joseph propôs que a DLT pode garantir que ninguém seja privado de sua propriedade legítima, por conta de dados comprometidos, que corporações podem se tornar mais cientes sobre seus acionistas, e que estados deixarão de privar seus cidadãos das informações e passarão a regulamentar um ambiente onde eles lidam com os próprios dados.

Na assistência médica, a DLT significa que pacientes têm real propriedade sobre seus dados médicos, ele afirmou, tornando a administração mais robusta e eficiente, com grandes consequências – um sistema blockchain pode, por exemplo, verificar que a assistência humanitária está chegando ao seu destino pretendido.

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O primeiro-ministro maltês reconheceu a resistência que estas novas tecnologias podem encontrar, ressaltando que:

“Existem desafios nessa rápida e óbvia transição para uma sociedade e economia digitais. Estes desafios têm a ver com a natureza dos conceitos que acreditamos que ficarão conosco para sempre […] contudo, as soluções não surgem em portas fechadas.”

Ele sugeriu que embora “posturas antagonistas” possam ser atrativas a curto prazo para os políticos, resistir à mudança tecnológica seria “tão fútil quanto o que fizeram aqueles que defenderam as carroças no lugar dos automóveis”.

A forte reputação de Malta no sentido de ter uma regulamentação robusta e transparente para criptomoedas fez com que muitos líderes da cripto indústria realocassem suas operações para a ilha. A exchange de criptomoedas, Binance, anunciou que estava realocando sua sede para lá em março – OKex e BitBay são outras duas empresas que fizeram o mesmo.

Em junho, o parlamento maltês aprovou três projetos de lei relacionados a DLT e criptomoedas, consolidando o esforço da ilha em se manter na vanguarda da inovação blockchain.

Fonte: The Cointelegraph