Projeto piloto de CBDC da Ucrânia roda pela Stellar

O país legalizou a utilização de criptomoedas ao longo deste ano.

Desenvolvedores do protocolo Stellar anunciou que sua blockchain está sendo utilizada pelo governo ucraniano para executar o piloto de sua versão eletrônica da hryvnia, sua moeda fiduciária oficial.

A parceria entre o governo da Ucrânia e a Stellar foi anunciada no dia 4 de janeiro deste ano, quando o Ministério de Transformação Digital da Ucrânia assinou um documento com a plataforma para o desenvolvimento de sua moeda digital controlada por banco central (CBDC).

O piloto do projeto está sendo conduzido pelas empresas TASCOMBANK e Bitt. O governo ucraniano já estuda a ideia de produzir sua própria moeda digital desde meados de 2017.

Acredita-se que, por meio de blockchains descentralizadas, é possível garantir transações mais rápidas e eficientes, mesmo quando o assunto são moedas digitais estatais.

Tudo muito rápido

Pode-se dizer que o projeto de moeda digital ucraniano caminhou bem rápido (já está executando sua fase de testes em menos de um ano). Isso significa que a Ucrânia está bem à frente de outros países europeus no que se refere à implementação de sua CBDC.

Em boa parte dos casos, a maioria dos países ainda estão estudando de que forma as moedas digitais estatais podem ser implementadas – com poucos casos de lançamento de testes.

De acordo com o site CBDCTracker.org, a França é um dos países mais atrasados dentro da Europa, enquanto a Ucrânia já está realizando a prova de conceito de seu ativo digital. De acordo com a página, apenas as Bahamas lançaram seu ativo digital oficial (Sand Dollar), que atingiram cerca de 400 mil usuários em 2020.

Cripto é pop

A Ucrânia é o país do mundo que registra o maior número de novos usuários em criptomoedas e blockchain, segundo a Chainanalysis.

O Ministério de Transformação Digital publicou projeto de lei, no começo deste ano, para legalizar o Bitcoin e as altcoins. De acordo com a legislação vigente, usuários de ativos digitais, descentralizados ou não, podem contar com o sistema jurídico, caso sintam-se lesados por terceiros.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.