O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos (DHS) concedeu US$192380 para o projeto de blockchain Factom, visando apoiar os testes de uma plataforma cujo objetivo é assegurar os dados da Patrulha de Fronteira do país, anunciou a agência na sexta-feira.

Leia mais: Dois grandes bancos da Rússia oferecerão portfólios de criptomoedas aos seus clientes

Anil John, diretor do Programa de Desenvolvimento e Pesquisa de Gerenciamento de Identidade do Departamento de Segurança Nacional dos EUA, disse em um comunicado à imprensa:

“As primeiras fases do trabalho da Factom mostraram escolhas de arquitetura e decisões de design inerentes à integração de blockchain com tecnologias já existentes. Em sua fase 4, Factom lançará esta tecnologia em um ambiente realista da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, a fim de entender seus impactos operacionais.”

Factom, uma startup do Texas, está trabalhando em uma tecnologia que integra dados coletados por sensores e câmeras em um blockchain, assegurando dados e eliminando a possibilidade de alterá-los ou corrompê-los. O produto da Factom será testado em um ambiente com conexão limitada à internet, e condições variáveis de clima, para medir sua performance em um cenário real da Patrulha de Fronteira.

O financiamento fornecido pelo DHS faz parte do Programa de Inovação do Vale do Silício, que permite às companhias tecnológicas solicitarem financiamentos de até US$800 mil para um período de 2 anos.

Leia mais: Walmart patenteia sistema para acessar histórico médico armazenado em blockchain

Atualmente, 23 companhias, incluindo a Factom, estão em processo de desenvolver soluções para o DHS com o auxílio de seu financiamento, incorporando tecnologias como Internet das Coisas, sistemas de voo, soluções de cibersegurança para serviços financeiros, sistemas de avaliação de viagens globais, processamento de passageiros em aeroportos e tecnologias wearable.

A Factom recebeu US$200 mil do DHS em 2016 para iniciar o desenvolvimento do projeto.

“O trabalho da Factom está na linha: estes dispositivos existem, mas como nós construímos uma figura de identificação deste dispositivo com o tempo? O blockchain pode ser o catalizador que nos permitirá documentar as mudanças,” explicou John.

A empresa já fez vários esforços bem sucedidos para angariar fundos nos últimos 3 anos, levantando US$1,1 milhão em 2015 e, mais tarde no mesmo ano, conseguiu US$400 mil em um seed funding. Em outubro de 2016, ela angariou US$4,2 milhões, seguidos de US$8 milhões em uma estendida rodada A de financiamento em abril deste ano.

Leia mais: Vilarejo japonês decidiu realizar primeira ICO municipal do país

Fonte: CoinDesk