O gestor de fundos ProShares teria recebido permissão da SEC (Securities and Exchange Commission), para lançar amanhã um ETF de futuros de Bitcoin com base nos Estados Unidos.

O ETF, que veio depois que a SEC começou a permitir ETFs de criptoativo nos EUA, concederá aos investidores exposição a Bitcoin. Essa exposição se limita apenas a apostas nas oscilações de preço dos ativos subjacentes, sem necessariamente possuí-los de uma vez.

O CEO da ProShares, Michael Sapir, reconhece este desenvolvimento como um divisor de águas para a indústria de criptoativos. Em suas palavras, “2021 será lembrado por este marco”. Há cerca de oito anos, a SEC vetou qualquer tentativa das administradoras de fundos de lançar ETFs nos Estados Unidos. No entanto, o ponto de inflexão de segunda-feira provavelmente desencadeará um fluxo constante de instrumentos semelhantes, obtendo aprovação regulatória. Isso, por sua vez, aceleraria a adoção e os investimentos convencionais em moedas digitais.

Sapir sugeriu que o mercado de BTC carecia de uma referência de mercado única e confiável. Ele afirmou ainda que os preços podem variar até 5% em várias exchanges de criptoativos. Embora, vários analistas considerem os preços futuros da bolsa de Chicago como o mais reflexo do sentimento do mercado BTC.

Outra voz influente neste desenvolvimento também influenciou. Douglas Yones, o chefe de produtos negociados em bolsa da NYSE, sugeriu à DealBook que “este é um passo empolgante, mas não o último”. Além disso, Yones previu que vários outros aspirantes a ETF cripto também ganhariam a aprovação. Até o momento, a SEC ainda não fez um anúncio oficial. No entanto, tanto o ProShares quanto a NYSE o confirmaram para DealBook.

O presidente da SEC, Gary Gensler, sugeriu anteriormente que os fundos vinculados ao mercado futuro tinham maior probabilidade de obter aprovação regulatória. Além disso, o ETF do ProShares está vinculado diretamente aos futuros de Bitcoins negociados na Chicago Mercantile Exchange.

O primeiro ETF de futuros de Bitcoin dos EUA surge enquanto os preços das criptomoedas em geral estão gerando grandes retornos.

A cripto atingiu vários marcos importantes em seu caminho para a adoção dominante e institucional. No início do ano, a potência americana Coinbase foi a público pela primeira vez. Além disso, um número substancial de instituições financeiras líderes, como JP Morgan, começaram a trabalhar com investimentos em criptomoedas para seus clientes.

• Veja também: Kiyosaki: Bitcoin tem um futuro muito brilhante

Grandes organizações empresariais proeminentes começaram a aceitar moedas digitais como formas de pagamento de bens e serviços prestados. Mesmo que a mania da cripto não dê sinais de diminuir, os críticos e algumas vozes regulatórias importantes estão pedindo cautela.

Figuras de autoridade institucional como o presidente da SEC, Gary Gensler, e o vice-governador do Banco da Inglaterra, Jon Cunliffe, defendem a supervisão adequada da criptomoeda. O primeiro chegou a fazer lobby junto ao Congresso dos EUA para conceder sua agência que tem mais autoridade regulatória sobre ativos digitais. Este último, recentemente divulgou que, sem supervisão adequada, a criptomoeda pode levar a um colapso financeiro em massa como o de 2008.

O preço do Bitcoin está se aproximando rapidamente de seu recorde anterior de US $ 65 mil. A cripto principal tem subido nos últimos dias, em parte por causa do lançamento antecipado do ETF. O Bitcoin cruzou pela primeira vez o limite de US$ 62.000 na sexta-feira da semana passada, e recomeçou de onde parou no início desta semana.

Além disso, outras moedas digitais também estão obtendo ganhos relativos. Ethereum, a segunda maior cripto por capitalização de mercado, Solana, Cardano, e Dogecoin todos registraram ganhos substanciais.

Fonte: CoinsPeaker

O autor: Neidson Soares

Conheceu esse universo dos criptoativos em 2016 e desde 2017 vem intensificando a busca por conhecimentos na área. Hoje trabalha juntamente com sua esposa no criptomercado de forma profissional. Bacharelando em Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital.