Proximidade do Halving faz mineração de Bitcoin ficar em alta

Mineração de Bitcoin cresceu exponencialmente desde agosto de 2017, chegando ao seu ápice em janeiro desse ano

Após um espetacular ano de 2017, o Bitcoin agora enfrenta um momento que mistura otimismo e incerteza. Os últimos dois anos foram muito complicados para a principal criptomoeda, ainda que tenhamos visto uma excelente recuperação no primeiro semestre de 2019.

O chamado “inverno cripto” de 2018 cobrou um alto preço, não apenas para o Bitcoin, mas para as criptomoedas de modo geral. Muitas pessoas abandonaram o meio cripto nesse momento, além de tantos outros que perderam boa parte de seu capital durante a queda.

Entretanto, nem mesmo isso foi suficiente para reduzir os esforços de mineração. Grandes companhias – majoritariamente sediadas na China, diga-se se passagem – continuaram investindo pesado no Bitcoin, mesmo com os preços em constante queda.

Entre 21 de agosto de 2017 e 14 de outubro de 2018 o Hashrate do Bitcoin cresceu quase 15 vezes, passando de 4,084,581 TH/s para 60,035.337 TH/s em apenas 14 meses.

mineração de bitcoin

Gráfico por: Blockchain.com

 

O preço do ativo, por sua vez, não seguiu o mesmo caminho. Cotado a aproximadamente US$ 3950 dólares no mesmo dia 21 de agosto de 2017, o Bitcoin subiu rapidamente para sua máxima histórica no dia 16 de dezembro daquele ano.

A partir desse momento o que se viu foi uma longa queda, finalizada apenas em 2019. Ou seja, do período mencionado acima (14 meses) o Bitcoin passou 4 meses em alta e 10 meses em baixa. Nem mesmo isso desanimou os mineradores que seguiram ampliando seu poder de mineração e investindo cada vez mais em equipamentos poderosos para a mineração.

É claro que não podemos desconsiderar o fato de que a mineração continuava lucrativa, mesmo com o Bitcoin em queda. Contudo, o pico da mineração naquele ano foi atingido com o Bitcoin custando “apenas” US$ 6260, aproximadamente. Um valor 3 vezes inferior ao do topo histórico e já bem próximo do limiar que permite lucratividade na atividade mineradora de BTC.

bitcoin 2017 e 2018

Gráfico por: Tradingview

 

De 14 de outubro de 2018 até 28 de dezembro daquele ano, a mineração de Bitcoin esteve em queda por meros 2 meses, que representaram uma diminuição de aproximadamente 27% do poder de mineração no período.

De lá para cá a mineração voltou a crescer, atingindo sua máxima histórica no dia 28 de janeiro de 2019. É bastante provável que a alta de janeiro (123,011,832 TH/s) seja ultrapassada dentro dos próximos 3 meses.

É perceptível como a proximidade com o halving foi capaz de impulsionar a mineração, e até que ocorra o evento, mais esforços devem ser empregados para tal. Contudo, uma queda brusca na mineração nos meses seguintes ao halving não seria surpresa nenhuma, já que a redução da recompensa deve afastar muitos mineradores.

mineração de bitcoin

Gráfico por: Blockchain.com

 

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Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.